domingo, 15 de maio de 2011

Marcas do tempo

já não sei sentes

o mundo a vibrar

já não olhas
...
não vês

refugias-te-te

nesse teu mundo

de cansaços

assediando

o teu corpo

refugio secreto

das memórias

e dos laços

olho o teu rosto

marcado

sulcos de vida

derrotas profundas

rasgos de ternura

no teu olhar

ausente

a desventura.

Já não sei

se me vês

no teu olhar

distante.

Mas eu vejo

e sinto

a pequena luz

brilhante

nas profundezas

da tua íris

marcas do tempo

sem idade.

Sem comentários:

Enviar um comentário