quinta-feira, 1 de março de 2012

o.Em Spellbound.

A liturgia do tempo.


olhou devagar no profundo mar dos meus olhos

navegou neles numa viagem vagarosa

... subtil nos gestos ,nas ondulações do pestanejar

os sentimento ancorados num porto qualquer

longínquo,como era o seu pensamento.

Ali diante de mim,num pequeno segundo

perdido no tempo sem relógio

construía cidades novas,novos mundos desconhecidos.

Não interessava o espaço ao redor do seu corpo

o sons da cidade calavam-se

era ele apenas na escrita de um novo destino

desenhado no porto seguro do meu olhar.

Lia-me devagar,sem pressa

viajava nas emoções que o seu corpo franzino

lhe pertencia evocar

e,evocando uma nova história

abria os olhos, os olhos brilhantes

esboçavam um sorriso confiante

e lia-me na liturgia das horas

no seu tempo abstracto e mudo

na nitidez sem fim ,escritas em palavras

vocábulos do seu mundo inocente de criança.


São Gonçalves.

Sem comentários:

Enviar um comentário