segunda-feira, 16 de julho de 2012

As vezes sentia-se assim uma luz fosca de fim de tarde a cavalgar por entre os troncos,gigantes avassaladores,impedindo a claridade de circular.

Não eram os dias que eram cinzentos,era vida ,a teimosa corrida do tempo a ar...rancar-lhe dos olhos a coragem.

Nestes fim de tarde,sentia-se exausta.Ah,se ao menos pudesse arrancar de dentro de si a coragem dos dias quentes de sol.

A vivacidade das plantas quando brotam a terra nas longas manhãs de primavera.Não sentia a estação das chuvas a aproximar-se,não,,as longas tardes ainda a embalavam naquela ternura temperada ,e o olhar apesar de cansado ainda brilhava...

Sentia as sombras apoderar-se de mansinho do corpo,da mente,afastava-as,mas elas ali estavam imperativas austeras...impiedosas.

Com passos lentos corria por entre o passado ,o presente ,e o futuro,as vezes nem estas frinchas luminosas resgatadas das clareiras serviam para lhe alegrar o rosto...e lutava.....lutava numa luta desigual...e no fim,exausta ,olhava o céu....os raios cintilantes...e caminhava....
 

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