sábado, 13 de outubro de 2012

Poderiam-se fundir no céu,na cor da terra

no azul do  mar,no chão

...
no breu da noite mais escura

na beleza etérea do espaço sideral.


Gritar a beleza aos quatros cantos do mundo,

ou o silêncio da amargura nas longas noites de solidão.

seriam sempre as mesma figuras erguidas

olhando para o amanhã.


Sozinhas haveriam de tecer longos xailes de lã

que aquecesse nas noites frias de inverno,

haveriam de amar de novos os homens

que partiram um dia ,juntando-se a fúria do mar.


E mesmo assim tecendo e amando,

seriam sempre as mesmas figuras erguidas

olhando o amanhã


Partilhariam confidências,segredos guardadados

a vida crua nos revezes do destino

odores eternos confecionadas

nas cozinhas da memoria,e riqueza da sua própria historia


Rezariam em conjunto em templos despidos de luz

orações seculares ,num dialeto desconhecido

e mesmo assim seriam sempre as mesmas figuras erguidas

olhando o amanhã.


São Gonçalves

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