terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Nostalgias de uma manhã de Natal.


Vivo na urgência dos dias
neste tempo de incertezas constantes
o frio que fere a noite corta a face das ruas
da cidade onde vivo.

Apesar da paisagem ser agreste e cinzenta
não me atinge o corpo por enquanto.

Trago colado ao peito
as memórias dos Natais passados
os odores da mesa sobriamente
recheada de sorrisos tímidos
no rosto de uma velhinha.

Trago a luz do meu país gravada
nas curva do meu olhar
e esta nostalgia fina que desperta
que me abate a cada manhã
neste dia de Natal.

São as ausençias dos que já partiram
e dos que ainda são presença
nesta longínqua distancia
e és tu figura ausente nesta manhã
na minha casa,mas tão presente
em cada palavra que escrevo.

Nesta manhã fria onde se comemora
o nascimento de uma criança
ou luz que renasce a cada manhã.



São Gonçalves

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