quarta-feira, 9 de janeiro de 2013



Foto-Edouard Boubat

Trazia no olhar um mundo inteiro a desbravar

as palavras ,o poema o voo rasante da ave migratória

... O corpo franzino,desconhecia tudo do mundo

haveria de partir um dia nas asas de um sonho,maior.

Grande era a janela por onde espreitava agora

Os livros enormes na estante,encadernados a preto

escondiam vidas inteiras,sonhos,descobertas

Ás vezes tinha vontade de entrar

entrar nos livros e partir,esquecer o mundo cinzento

o leito frio de inverno,a sopa a esfriar no prato

e partir nas linhas escritas de um livro

viajar pelo mundos encantados...


Agora naquela pequena rua,olhava a janela enorme

e perdia-se nas folhas espalhada no parapeito.

E esse pequeno instante bastava

para se sentir a menina mais feliz do mundo

e ser ela propria o mundo.

São Gonçalves.

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