segunda-feira, 18 de março de 2013

Não são de vazios cinzentos os lugares da alma

a vida envolta em espaços de vácuo

... e o cansaço dos dias esquecido nas esquinas obliquas.


A vida respira o incenso da palavra

a emoção é agora um abraço

e a nova descoberta trás de volta

reminiscencias de um arco-íris antigo

a ausência do peso anda agora

envolto em véus de cores.


A Poesia veste o corpo de pinceladas

rasgos sentidos e abstractos

a borboleta inicia o seu primeiro voo

não é vão a metamorfose

da primavera.


De palavras desenhadas se faz um poema

da mão de um pintor a poesia enlaçada

gravitam metáforas na essência

das linhas reinventadas

a cor da poesia..

São Gonçalves

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