domingo, 3 de março de 2013

Podia acabar o mundo ali a seus pés

e continuar a sentir o pulsar das horas

... no vasto território adormecido

e continuava no fundo de si mesmo

a acreditar nas silenciosas horas

eternas armadilhas

confundindo o mundo...


E o mundo não desistia de si.

Todas as manhãs

o frio cortava o rosto

e dia amanhecia

as aves ensaiavam

novos voos por entre

a árvores despidas.


Teria o seu mundo desmoronado

num único momento de lucidez

Teriam as aves partido

numa derradeira viagem

confundindo as estações

e os anos ,a idade da razão

era agora um sóbrio

momento,guardado

na penumbra do coração.


Rasgavam-se esferas obliquas

paradigmas de um sentir confuso

e as sombras vagueavam

nem esquecimento interno.


O esquecimento do mundo

era agora um sombra vagueando

nas profundas sensações

de vazio.


São Gonçalves.

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