quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ainda trago nas mãos
a cor da infancia
abraços de ti
guardados no meu peito.

A invenção dos dias
a companhia das noites
a ternura amassada
em alguidares
encostados a parede
da casa em ruinas.

Quando me lembro de ti
volto à magia
do mundo sem horas
dos rituais matinais
dos sinos marcando o tempo.

Volto a feminilidade agreste
deusas guardadas no interior
do mundo rural
escondidas do olhar doentio
dos homens rudes.

Quando me lembro de ti
é a memoria dos odores
que me transportam para lá
de mim.

São Gonçalves.

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