sábado, 28 de setembro de 2013

Tela-Edite Melo

Na solidão da noite caminhas-te
no interior do universo,construis-te sonhos invisíveis
foste criança sem rosto,perdida nas quimeras do mundo
sempre sem rosto,olhando as estrelas desse teu universo!
Na solidão da noite te tornas-te mulher
Olhas-te os homens com o reflexo que o espelho te mostrava
umas vezes com desdém...outras com amor
tanto amor que quase te perdes-te
para sempre nas sendas agrestes dos sentimentos.
Não foram os homens que te ensinaram a amar
haverias de te perder e encontrar
sempre caminhando pela vida,
altiva às vezes
outras, quase tombando com o peso das decepções.
E haverias de te erguer
sempre na solidão de um universo
sombrio
com a luz das estrelas longínquas
haverias de traçar rotas novas
sempre novas e renovadoras
como as quimeras que te acompanharam
nas longas noites de infância.

São Gonçalves

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