domingo, 5 de janeiro de 2014

As mãos
Quantas vezes as mãos tudo podem e nada fazem… metáforas
de um maniqueísmo latente, são submissas discípulas do caos que não decifram e de imperativos que lhes manipulam a vontade e lhes coarctam a liberdade de acção. E no entanto, são instrumentos perfeitos. As mãos.
© Rita Pais 2013

Silenciosas as mãos agitam-se na penumbra do tempo,acarinham as novas promessas inventam metáforas de luz,azuis as constelações das horas,um tempo infinito de submissas esperas.
As mãos ,instrumentos persuasivos das vontades,das minhas,das tuas,instrumento de mil vozes ,de tantos silêncios...
As mãos com que te leio,te sinto,te reinvento no meu mundo .
Calo o medo de avançar na concavidade das tuas palavras,resisto na melodia de um violino tantas vezes inventada.
As mãos...as minhas ,as tuas....
A eterna caricia distante que soa na luz de um calado tactear.
São Gonçalves
 — com Rita Pais.

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