domingo, 6 de julho de 2014

Tela Edite Melo.

Do chão o eterno recomeço do dias
as sementeiras germinam a esperança
perdida na estação fria

O grito das novas canções
estendidas num estendal de luz
a seiva redentora das searas em flor

Da luz do sol e do calor das tardes estivais
o canto de um pássaro nos beirais
o beijo da papoila ao raiar da aurora

A maciez da cor na minha pele
nas ondas dos trigais dourando
na pele da terra.

Dançam as sementeiras um bailado colorido
iluminando as mãos calejadas do homem

E da sensualidade da luz
a magia da ilusão da claridade
re-inventada.

São Gonçalves

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