terça-feira, 8 de setembro de 2015

Caminho devagar, no silêncio milenar das pedras, assento os pés e o cansaço, na moradia ancestral dos velhos desassossegos, encostada ao mar, abrigando histórias infinitas. 
Na passagem do teu ventre, a esperança ,essa árvore viçosa que cresce em silêncio, esse murmúrio de mar cantado horizontes infinitos. 
Já não há passado, nem futuro, as vozes já não ecoam no promontório dos desejos.
Deixei - me ali ficar, no momento presente
Apenas ouvindo os ecos do vento, longe dos olhares do mundo, a melodia das folhagem assobiando no tronco do encantamento
Abriguei -me dos medos
Dessa fragilidade momentânea e cruel
Agarrei -me a ti com toda a energia do mundo
Árvore mensageira do infinito
Voz da mais clara madrugada
Segredei-te os meus anseios
Implorei bênçãos às Deusas da terra
Ouvi-as cantar uma doce melodia de embalar. ..
Senti no meu rosto o toque subtil do azul, a força do céu, a vastidão do oceano
E a transformação do tempo em harmonia infinita.

São Gonçalves. 

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