domingo, 15 de novembro de 2015

No silêncio dos meus passos 
Há um mar a segredar o mundo
Abismo de vidas em suspenso 
Nas brumas de uma manhã fria 

Caminho rente ao mar
Oiço os segredos
É tudo tão imenso
Tão dolorosamente profundo

O mundo é tão pequeno
Nesta imensidão
Que eu abraço devagar
Tão misteriosamente lenta
A dor que me chega
No canto das gaivotas
No marulhar do oceano

Caminho, não sinto o corpo
Nem os passos
O toque da areia fria nos
Meus pés

Nada posso fazer
Escuto apenas
O bramir do oceano

São Gonçalves.

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