domingo, 22 de novembro de 2015

Planto palavras numa terra que não me pertence, e mesmo assim, agarro com as duas mãos os sítios por onde me perco. 
O céu , a terra, o mar, 
O mundo todo numa encruzilhada de dores e cansaços, 
E a poesia dos dias 
E a alma ali a a impor -se no segredo das horas vazias. 
Há dias assim
Dias em que as palavras me fogem, dolorosamente por entre o silêncio e a vigília da noite.
E eu pergunto
Será isto poesia?

São Gonçalves

Foto -Dasha Friedlova

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