quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nada me trás a eternidade 
O corpo grita 
O desassossego sombrio 

Não sei se é de ausências 
O tremor da pele

O abismo negro das noites

Pudesse ouvir a tua voz
A sombra do teu corpo
A derramar centelhas de luz
No meu peito.

Pudesse fugir da inevitável melancolia
Deste abismo invernal
Onde me percepito !

Pudesse silenciar todas as memorias
E ser náufrago num mar inventado.

São Gonçalves.

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