domingo, 12 de março de 2017

No silêncio da casa, a espera, o cântico mudo das águas, a solidão angustiante do vazio.
Olhas para dentro
As portas e as janelas fechadas
Pressentes a mudança
O caminho brumoso do desconhecido. 

Serão precisos dias meses
Serão precisos mil passos
O desapego da velha casa

Caminharás sozinha, por entre a dor
O terrível desconforto do abismo
Afastarás os fantasmas e os medos.
A lembrança do passado recente

Um dia enfim, olharás a casa iluminada uma luz nova nascente
As portadas e as janelas abertas
E a esperança pendurada nos muros
Nos dias, na vida !

São Gonçalves.

Foto - Graça Sousa Feijó.

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