terça-feira, 4 de abril de 2017

Podíamos falar do que não foi, dos silêncios, da incapacidade de dar, talvez porque nunca se recebeu. 
Como dar o que nunca se teve ? 
É preferível falar do que foi, do que a memória traz de luz, de momentos efémeros de partilha. 
Hoje lembrei -me do dia em que nos levaste a ver o mar. O mar bravio da torreira. Homens e mulheres, bois, redes, peixes a saltitar. Eu tão pequenina tive medo. E tu deste - me a mão ! 
São Gonçalves.

Foto -Camilo Rego.

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