quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Mesmo que seja tarde aprendemos o valor do silêncio. 
A angústia pesando nos ombros, o preço do abismo.
Um filho que tarda
Uma tremura na alma, a voz conciliadora do universo. 
São tantas as dores
As minhas e as que carrego escondidas dos dias.
Tento olhar o infinito
Digo ao coração a verdade apaziguadora.
São tão poucas as coisas que me protegem.
Ameaçadora a realidade impõe -se.
O peso das dores do filho
A solidão dos dias vazios.
O murmúrio das vozes ausentes.
Sempre ausentes
Murmurantes.
E o silêncio, sempre
Habitáculo do transcendente
Ressonância da alma
Transversal
Contemplando horizontes , mutações
Metamorfoses.
A vida a tatuar as cores na pele acobreada dos dias.

São Gonçalves.

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