quarta-feira, 10 de julho de 2019


Por agora faltam- me as palavras, o ritmo, a métrica do verso.
Falta- me a semântica do desassossego 
A voz da alma
O outro eu que se desdobra em figuras de linguagem, em imagens poéticas que descrevam os dias!
Os dias...
Tão surrealistas, tão prenhes de silêncios.
A alma rasgada
O turbilhão de incoerências 
Pessoas, coisas, papéis 
Tudo tão debordante de inquietude!
Nada é seguro
Nada se constrói !
A vertiginosa descida ao ínfimo do nada!
Os erros a marcar o destino
O futuro tão abruptamente incerto!

São Gonçalves

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