quarta-feira, 25 de novembro de 2020


 Passo pelos dias como se a vida se materializasse numa intensa caminhada de peregrino na terra, onde, por vezes, tento me esquecer do cansaço, abandonando o corpo ao equilíbrio das estações. ao ritmo ascendente dos anos.

Procuro na força da terra, na aridez da rocha a vitalidade da árvore, a pacificadora alquimia das madrugadas.

Talvez um dia a força criadora seja a linha que separa as rotinas do corpo que afasta o animal caminhante, da luz redentora e divina. Num pequeno instante de êxtase, num espaço de oração, de encontro , de partilha, de libertação, sinto a força redentora da vida.

E, na transmutação dos elementos veja surgir a alma do mundo, a que julgava perdida, esquecendo a canseira das horas, o desencanto do mundo.

Sentindo-me, assim, uma luz peregrina da vida.

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