quarta-feira, 25 de novembro de 2020


 Sentiu na palma das mãos toda a energia do universo

repousou os sentimentos na claridade das estrelas
e terminou abençoando os deuses
escondidos do outro lado dos planetas.

Sentiu por baixo dos pés descalços
a areia morna entranhar-se na pele
o calor imenso do ventre do mundo
lavas ardentes, entranhadas nas rochas.
A enorme força da terra escondida debaixo
das cinzas dos vulcões.

Envolveu- se na silenciosa conjugação dos astros
abraçou num longo abraço a terra, o mar, a densidade lunar
E no caos interior dos corpos observou toda a finitude da existência.

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