domingo, 22 de novembro de 2020

Soubéssemos antecipadamente das vagas e das marés, nunca mais haveria correntes de distância no nosso destino

diríamos deste azul cobalto a presença da ternura. Essa expressão cromática dos nossos silêncios. E nas palavras que tão bem conhecemos

diríamos, também, que a viagem é feita no interior das almas. Matriz de um mundo tão íntimo, tão verdadeiramente nosso.

Contemplo a cor, o ritmo, a cadência, a fragilidade do gesto, a musicalidade das formas.

Sei de nós presença tão expressiva na simbologia de renascimento. Água pura que transcende a imensidão do oceano. Elemento que cura, ilumina e abençoa.

Sei desta caminhada no coração dos mitos e dos arquétipos de redenção. Sei de nós na procura da palavra certa para dignificar o sentido da vida.

São cristalinas as águas em que nos movemos.
É de azul cobalto o teu coração que ama e acolhe. É de luz o meu olhar contemplativo.
 

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