sábado, 17 de julho de 2021


 Seria na palma das mãos que acolheria a beleza do mundo.

Aceitaria a força do universo.

Com as mãos (re)escreveria a história que havia ficado retalhada na memória
Extravasaria as dores, as ansiedades.

Com as mãos teceria a luz que ilumina de novo o olhar.
De azul e magenta desenharia a força cósmica do devir.

Aprenderia a aceitar a dádiva da vida como quem aprende
os caminhos da serenidade.

Como quem (re)nasce de uma longa noite de escuridão.

São Gonçalves. 

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