domingo, 5 de março de 2023


 Trazia no olhar uma imensidão de espaço, a imaginação a descontruir as palavras, o poema, a resignificar o voo silencioso da ave migratória.

O corpo franzino desconhecia tudo do mundo.

Haveria de partir um dia nas asas de um sonho maior.
Grande era a janela por onde espreitava os desígnios do devir.

Parada, naquela pequena rua, contemplava o horizonte, ouvia os murmúrios do vento, a mensagem das aves.

Sob ventos e tempestades atravessou as estações, os meses, os anos. Rendeu- se à reconstrução de um novo sentido.

São Gonçalves

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