segunda-feira, 18 de setembro de 2023
No diálogo interior criou uma narrativa que era de vozes, de pedras, de árvores, de trevas e de luz. Não encontrou dificuldade em construir um universo baseado na força da natureza. Um lugar que fosse seu, íntimo, sagrado. Nesses dias, convocava a energia das árvores.Escutava o silêncio da floresta, conjugava as narrativas ancestrais numa conexão ao seu interior feminino.
Permitia-se ouvir o som das vozes de outros tempos. Vozes arrancadas à imaginação, à força da criação, transbordantes de energia. Vozes de outras eras, linhagem ancestral de vidas anteriores a esta.
Rituais iniciáticos a dar sentido ao passado e ao presente.
Por vezes as memórias desse tempo eram agrestes, traziam à superfície a força mágica da matriz.
Ébria de lucidez, sabia que tudo tinha um propósito.
São Gonçalves.
Sem comentários:
Enviar um comentário