domingo, 29 de julho de 2012

Afasto-me dos ruídos do mundo

no silêncio do deserto

na imensidão dourada

... das areias quentes

matar a sede de palavras.

De rosto escondido

parto....

e caminho nas linhas

de um livro escrito

por ti...por mim...

Não ouço os sons do mundo

sou apenas eu

neste deserto

de vidas humanas...

A brisa acaricia-me

o corpo

são brancas

as sedas que me

cobrem a pele

mas é de mundo

que alimento a alma

neste deserto

de areias douradas

nesta solidão

de mundo.

Não tenho sede

tenho-te a ti

por inteiro

as palavras

alquimia das lezirias

sem nome

alimento místico

que me sacia a fome.

São Gonçalves.

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