O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 19 de agosto de 2012

Rasgo aos pedaços a nuvem escura
as lágrimas derramadas em oceanos imensos
mares revoltos,a intensidade de sentir
o corpo que se ergue na mais infinita solidão.
Trago vestido ondas de maresia imensa
a curva do corpo desenha-se
e liberta-se na branca espuma
no trejeito das cores claras,na alvorada..
Trago no corpo desenhado a negro
cifras invisíveis que desconheço
códigos de outro tempo
símbolos da natureza divina
caracteres enraizados nas míticas
sombras onde me perco e me encontro
neste mar profundo,nas revoltas marés
que assolam o meu peito .
Desapego-me aos poucos da imagens
códigos humanos que transparecem
nas linhas do se sentir vivo..
Vivo....nas emoções a jusante
na eterna vaga entre estar perto
ou simbolicamente ...distante.

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