Escrevo o dia com a luz que trago nas mãos
escrevo sentimentos ,emoções
e derramo o tinteiro
nos espaços vazios
no canto da tarde
na magia de tornar a noite escura
num azul de redenção.
São Gonçalves.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Distancio-me do mundo
escondo o rosto ao tempo
já nada resiste
já nada invade o corpo
vestido de céu
vestido de mar
abraço o azul imenso
o presente das marés
cada hora é um afago
no corpo sereno
dançando na musicalidade do vento
nos afagos intermináveis do pensamento.
Denso o espaço
e leve o pensamento vestido num azul
de libertação.
São Gonçalves
escondo o rosto ao tempo
já nada resiste
já nada invade o corpo
vestido de céu
vestido de mar
abraço o azul imenso
o presente das marés
cada hora é um afago
no corpo sereno
dançando na musicalidade do vento
nos afagos intermináveis do pensamento.
Denso o espaço
e leve o pensamento vestido num azul
de libertação.
São Gonçalves
FotoJosé Luis Almeida Albuquerque.
- Aproxima-se a noite e eu contemplo o céu, a imensidão do mundo, e tantas tempestades adormecidas neste céu rasgado de magia. Os temporais acalmaram o desejo, apenas percorro a via-sacra da vida, para que dela renasça mais forte e mais serena.
- Impetuoso o gesto perecido no além. Mereceu tudo e nada lhe foi doado, a não ser dor da partida sem conhecer a verdade do aquém. Rompe as nuvens com desdém e alcança o mar acetinado, onde a partida já foi chegada. O dia já nasceu e na noite nascerá o dia. Percorre todos os trilhos das baixas marés, em absoluto silêncio. Ouve-se agora o som eterno da alvorada.
- Encosto-me ao parapeito do tempo. O meu corpo abriga-se nas encostas e a alma cede ao desejo de mudança. Os cansaços dissipam-se nesta grandeza infinita e as vozes calam-se quando a brisa do vento me acaricia o rosto.
- Correm rios no teu corpo. Descansa agora, enquanto o sono não vem. Já o toque às almas aconteceu quando o sol se pôs. Nada se afigura distante. Só o universo é grato pela luminosidade crescente em cada corrente que trespassa o véu que te enlaça.
- Voluntário o desejo de transformação que se aninha nas dobras dos dias. Invento e reinvento amanhãs promissores. A vida decorre sempre entre as madrugadas e as noites que se consomem pausadamente, sem pressas.
- Se todas as manhãs fossem só tuas, serias o tempo de mudança a madrugar nos teus olhos. Mas quem sou eu, se não uma força a caminhar contra o tempo? Se conseguíssemos acomodar o tempo no nosso pequeno mundo, já teríamos dado graças a Deus por termos em nossas mãos, o mundo.
-A paz como alimento das noites, é o consolo que ainda me resta neste tempo incerto. Na minha pequenez colho do tempo o que ele tem de mais belo para me oferecer. Nem sempre me afasto das sombras, nem sempre me protejo dos temporais. O céu ora se tinge de negro, ora se aclara de luz.
- E nesse meio tempo, as luzes se acendem em todos becos onde te escondes. Será sempre um dia ou uma noite a
menos nos nossos sonhos. Sabias de um tempo em que se colhiam orquídeas brancas nos matagais?
- Nesta encosta acompanho os movimentos que
transcendem o espaço e por vezes se elevam acima das luzes frágeis da cidade. E apenas as clareiras que se avistam
num horizonte a perder de vista, me trazem a luz tão desejada nas noites de procura.
- Existem credos em todas as orações. Crer num espaço
inédito, e criar nele um campo de visão obrigatória para lá, é ter fé na nossa fé. A minha cidade sabe de todos os becos
escuros e sombrios, e eu nada sei da cidade. Só vejo daqui as luzes ainda reflectidas nas águas do Tejo.
São Gonçalves / Epifânia
- Aproxima-se a noite e eu contemplo o céu, a imensidão do mundo, e tantas tempestades adormecidas neste céu rasgado de magia. Os temporais acalmaram o desejo, apenas percorro a via-sacra da vida, para que dela renasça mais forte e mais serena.
- Impetuoso o gesto perecido no além. Mereceu tudo e nada lhe foi doado, a não ser dor da partida sem conhecer a verdade do aquém. Rompe as nuvens com desdém e alcança o mar acetinado, onde a partida já foi chegada. O dia já nasceu e na noite nascerá o dia. Percorre todos os trilhos das baixas marés, em absoluto silêncio. Ouve-se agora o som eterno da alvorada.
- Encosto-me ao parapeito do tempo. O meu corpo abriga-se nas encostas e a alma cede ao desejo de mudança. Os cansaços dissipam-se nesta grandeza infinita e as vozes calam-se quando a brisa do vento me acaricia o rosto.
- Correm rios no teu corpo. Descansa agora, enquanto o sono não vem. Já o toque às almas aconteceu quando o sol se pôs. Nada se afigura distante. Só o universo é grato pela luminosidade crescente em cada corrente que trespassa o véu que te enlaça.
- Voluntário o desejo de transformação que se aninha nas dobras dos dias. Invento e reinvento amanhãs promissores. A vida decorre sempre entre as madrugadas e as noites que se consomem pausadamente, sem pressas.
- Se todas as manhãs fossem só tuas, serias o tempo de mudança a madrugar nos teus olhos. Mas quem sou eu, se não uma força a caminhar contra o tempo? Se conseguíssemos acomodar o tempo no nosso pequeno mundo, já teríamos dado graças a Deus por termos em nossas mãos, o mundo.
-A paz como alimento das noites, é o consolo que ainda me resta neste tempo incerto. Na minha pequenez colho do tempo o que ele tem de mais belo para me oferecer. Nem sempre me afasto das sombras, nem sempre me protejo dos temporais. O céu ora se tinge de negro, ora se aclara de luz.
- E nesse meio tempo, as luzes se acendem em todos becos onde te escondes. Será sempre um dia ou uma noite a
menos nos nossos sonhos. Sabias de um tempo em que se colhiam orquídeas brancas nos matagais?
- Nesta encosta acompanho os movimentos que
transcendem o espaço e por vezes se elevam acima das luzes frágeis da cidade. E apenas as clareiras que se avistam
num horizonte a perder de vista, me trazem a luz tão desejada nas noites de procura.
- Existem credos em todas as orações. Crer num espaço
inédito, e criar nele um campo de visão obrigatória para lá, é ter fé na nossa fé. A minha cidade sabe de todos os becos
escuros e sombrios, e eu nada sei da cidade. Só vejo daqui as luzes ainda reflectidas nas águas do Tejo.
São Gonçalves / Epifânia
Caminhas caminhos de terra batida,a pele queimada do sol ardente
carregas no corpo os filhos,agarrados ao corpo
agarrados à alma de mulher Africana.
Caminhas todos os dias léguas de ausências imensas
viagens feitas ao coração da savana
lutas como uma guerreira,enfrentas o tempo
a adversidade o vento secando a pele
e o mar tão longe ,tão distante.
Evocas os deuses africanos
cantas,danças,carregas sorrisos abertos
e o terreiro é o teu mundo onde pés assentam o corpo
e os sonhos planam num plano tão próximo.
Sublimado o corpo entrenga-se em extanse
aos sons do batuque,mensageiro dos Deuses.
A grandeza do deserto espelhada na alma
e força das feras que coabitam nas redondezas
trazes tatuada na pele as marcas da tribo.
Olho-te ,vejo a força da feminilidade
imanente no teu corpo franzino
Da tua força nasce uma profunda humanidade
o poder da mais autentica feminilidade
libertada do ventre das mais sublime divindade
a terra das Deusas da guerra
a matriarca do mundo Africano.
São Gonçalves.
carregas no corpo os filhos,agarrados ao corpo
agarrados à alma de mulher Africana.
Caminhas todos os dias léguas de ausências imensas
viagens feitas ao coração da savana
lutas como uma guerreira,enfrentas o tempo
a adversidade o vento secando a pele
e o mar tão longe ,tão distante.
Evocas os deuses africanos
cantas,danças,carregas sorrisos abertos
e o terreiro é o teu mundo onde pés assentam o corpo
e os sonhos planam num plano tão próximo.
Sublimado o corpo entrenga-se em extanse
aos sons do batuque,mensageiro dos Deuses.
A grandeza do deserto espelhada na alma
e força das feras que coabitam nas redondezas
trazes tatuada na pele as marcas da tribo.
Olho-te ,vejo a força da feminilidade
imanente no teu corpo franzino
Da tua força nasce uma profunda humanidade
o poder da mais autentica feminilidade
libertada do ventre das mais sublime divindade
a terra das Deusas da guerra
a matriarca do mundo Africano.
São Gonçalves.
Crescem poemas na cidade à beira mar
as emoções plantadas em terrenos virgens
a terra anunciando uma nova estação
Crescem plantas,árvores de fruto
madre-silvas , alecrim e hortelã
o caminho colorido da infância
os trigais amadurecendo à luz do sol..
Crescem papoilas rubras nas cidades re.inventadas
o amor enaltecendo as metáforas da vida
e na fresca manhã,os girassois
sussurram ao vento os desígnios da luz.
Agitam-se as colinas de flores
nas tuas mãos decalcada
a alquimia de um mundo transparente e vivo.
Rios de tinta desaguando num terreno virgem
a claridade da alma tão presente
crescem poemas nas tuas mãos calejadas
de tanta vida ,de tanto sonho.
São Gonçalves.
as emoções plantadas em terrenos virgens
a terra anunciando uma nova estação
Crescem plantas,árvores de fruto
madre-silvas , alecrim e hortelã
o caminho colorido da infância
os trigais amadurecendo à luz do sol..
Crescem papoilas rubras nas cidades re.inventadas
o amor enaltecendo as metáforas da vida
e na fresca manhã,os girassois
sussurram ao vento os desígnios da luz.
Agitam-se as colinas de flores
nas tuas mãos decalcada
a alquimia de um mundo transparente e vivo.
Rios de tinta desaguando num terreno virgem
a claridade da alma tão presente
crescem poemas nas tuas mãos calejadas
de tanta vida ,de tanto sonho.
São Gonçalves.
Não há sonhos e memorias que não se guardem em pequenas caixas de madeira
tesouros invisíveis escondidos do tempo
a ternura de um gesto, a palavra cuidadosamente articulada
os medos não revelados,a sinceridade de um olhar.
Não há amizade mais terna que aquela que cabe
numa pequena caixa de sonhos.
São Gonçalves.
tesouros invisíveis escondidos do tempo
a ternura de um gesto, a palavra cuidadosamente articulada
os medos não revelados,a sinceridade de um olhar.
Não há amizade mais terna que aquela que cabe
numa pequena caixa de sonhos.
São Gonçalves.
Calaram-se as palavras na pontas dos dedos
abraço o momento num esgar de um sorriso sereno
o sol ausente nos dias
ronda a serenidade das coisas invisíveis
Amanheço na luz invernal
o meu olhar iradia uma cor nova
sei que muitos não a veem
sei que o meu coração teima em esconde-la.
Abrigo no peito pétalas imensas de ternura
amizades que teimam em ficar
a vossa,a de todos que conhecem o caminho das palavras
Caprichosa esta inercia da mente
este desaguar de silêncios imensos
o rio ainda não secou,o caminho segue sem atalhos
não há nada de novo
irradiquei a dor,o vazio do fundo da minha alma
trago uma nova luz
que vos ofereço nas pétalas de um girassol
colado ao meu peito.
Não sei se há poesia nas minhas palavras
mas há ternura na cor da dádiva.
São Gonçalves
abraço o momento num esgar de um sorriso sereno
o sol ausente nos dias
ronda a serenidade das coisas invisíveis
Amanheço na luz invernal
o meu olhar iradia uma cor nova
sei que muitos não a veem
sei que o meu coração teima em esconde-la.
Abrigo no peito pétalas imensas de ternura
amizades que teimam em ficar
a vossa,a de todos que conhecem o caminho das palavras
Caprichosa esta inercia da mente
este desaguar de silêncios imensos
o rio ainda não secou,o caminho segue sem atalhos
não há nada de novo
irradiquei a dor,o vazio do fundo da minha alma
trago uma nova luz
que vos ofereço nas pétalas de um girassol
colado ao meu peito.
Não sei se há poesia nas minhas palavras
mas há ternura na cor da dádiva.
São Gonçalves
Nada me acalma tanto no tempo que esta luz tardia este sonho abraçado nos fins de tarde
a plenitude presente no alto da serra,o silêncio das aves
a alma liberta dos pesos,dos medos,da penumbra que ainda antecede a noite.
Avisto o horizonte calmo e visto-me da folhagem das árvores
companheiras das minhas mais errantes viagens ao centro da alma.
Nada me perturba,nem o vento agreste,nem as vozes dos peregrinos
apenas esta luz me veste por fora e por dentro.
Estranhas as mudanças num tempo doloroso,a alquimia dos gestos
a transformação apaziguadora dos dias.
A luz que me guia não cega o olhar
é apenas uma ténue lembrança aquecendo o olhar.
O silencio e a luz,de mãos dadas
a eterna procura de um mundo que se transforma num olhar errante.
Abraço num só braço instantes de pura magia
a adormeço na luz cobreada que enlaça os mais insignificantes sonhos.
Poderia esperar do mundo que me acolhesse em inúmeras palavras
mas é de silencio e de distancia que alimento os dias
mais calmos e reconfortantes.
Contemplo a luz e as sombras do mundo
e nada mais preciso para continuar a caminhada.
Sei da presença que habita os meus sonhos.
São Gonçalves.
a plenitude presente no alto da serra,o silêncio das aves
a alma liberta dos pesos,dos medos,da penumbra que ainda antecede a noite.
Avisto o horizonte calmo e visto-me da folhagem das árvores
companheiras das minhas mais errantes viagens ao centro da alma.
Nada me perturba,nem o vento agreste,nem as vozes dos peregrinos
apenas esta luz me veste por fora e por dentro.
Estranhas as mudanças num tempo doloroso,a alquimia dos gestos
a transformação apaziguadora dos dias.
A luz que me guia não cega o olhar
é apenas uma ténue lembrança aquecendo o olhar.
O silencio e a luz,de mãos dadas
a eterna procura de um mundo que se transforma num olhar errante.
Abraço num só braço instantes de pura magia
a adormeço na luz cobreada que enlaça os mais insignificantes sonhos.
Poderia esperar do mundo que me acolhesse em inúmeras palavras
mas é de silencio e de distancia que alimento os dias
mais calmos e reconfortantes.
Contemplo a luz e as sombras do mundo
e nada mais preciso para continuar a caminhada.
Sei da presença que habita os meus sonhos.
São Gonçalves.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Vi-te chegar tão devagarinho, que quase sumias por entre as luzes que me visitam nas noites em que escrevo palavras soltas ao abandono. Será que alguém lê e as entende? (Penso que serei assim uma espécie de estrela a luzir ao fundo do túnel mas que ninguém vê, nem mesmo se me tornasse céu). Seguem rumos diferentes quando as despejo nesse céu de estrelas reluzentes, que se queixam de tanto céu e pouco sol. A Lua ainda se encontra imobilizada na estação anterior, encalhou na madrugada e as estrelas rumam por caminhos incertos neste mar onde as palavras se gastam e se consomem de tanta dor, tanta tristeza. O amor é já o ponto de passagem para a outra margem. É lá que me encontras se conseguires transpor esse muro de palavras gastas, de vocabulários mais que arrastados pelas marés. Levantei voo rumo ao ponto onde acordámos que faríamos a história nascer de novo e tu ficaste preso no mar alto. Esperas que as musas te assaltem de sobressalto, e não vês que na profundidade dos meus olhos, está uma vida que assenta nos mais altos ideais, rumo a outros mundos onde o abraço se quer sempre laço até ao fim do caminho. Serenar o espírito, encontrar-me entre um e outro mundo que se encosta às margens onde já me encontro, é o início da última jornada.
Espero por ti!
Dolores Marques.
(ÀS Escuras Encontro-te - Editado pela Temas Originais"
Agarra-se a vida com mãos firmes
renasce-se nas noites de insónia
no soletrar das palavras
imensas e generosas ,em rios serenos.
Entendo o mundo nas partículas mais invisíveis
e li todos os renascer nas auroras sombrias e claras.
,As tuas mãos calejadas
já sentiram o renascer das horas em todos os sentidos.
A tua historia não se escreveu apenas em palavras
sentis-te a noite percorrer o corpo
a sensualidade vertiginosa instalar-se nos lençóis brancos
eram rios tumultuosos a desaguar num corpo se mi adormecido
e do sonho escreves-te um livro.
Aprendi o caminho do equilíbrio nas tuas palavras
eram vozes do silencio que me chegavam aos ouvidos
e senti-te na poesia ,caudais de rios transbordando as margens do sentir.
Sentir ,apenas sentir o que não se lê nas palavras
das tuas mãos conheci um novo renascer.
No silêncio da noite a procura ,a imagem de um caminho que tem de fazer
para dentro ,sempre para dentro,às escuras do corpo,àas escuras do mundo
encontros secretos de ser tatuadas na alma
a vertigem na desordem do mundo
na pequenez das palavras jà gastas e moribundas
onde apenas os encontros se revelam furtivos
do outro lado da imaterialidade das palavras.
São Gonçalves.
Espero por ti!
Dolores Marques.
(ÀS Escuras Encontro-te - Editado pela Temas Originais"
Agarra-se a vida com mãos firmes
renasce-se nas noites de insónia
no soletrar das palavras
imensas e generosas ,em rios serenos.
Entendo o mundo nas partículas mais invisíveis
e li todos os renascer nas auroras sombrias e claras.
,As tuas mãos calejadas
já sentiram o renascer das horas em todos os sentidos.
A tua historia não se escreveu apenas em palavras
sentis-te a noite percorrer o corpo
a sensualidade vertiginosa instalar-se nos lençóis brancos
eram rios tumultuosos a desaguar num corpo se mi adormecido
e do sonho escreves-te um livro.
Aprendi o caminho do equilíbrio nas tuas palavras
eram vozes do silencio que me chegavam aos ouvidos
e senti-te na poesia ,caudais de rios transbordando as margens do sentir.
Sentir ,apenas sentir o que não se lê nas palavras
das tuas mãos conheci um novo renascer.
No silêncio da noite a procura ,a imagem de um caminho que tem de fazer
para dentro ,sempre para dentro,às escuras do corpo,àas escuras do mundo
encontros secretos de ser tatuadas na alma
a vertigem na desordem do mundo
na pequenez das palavras jà gastas e moribundas
onde apenas os encontros se revelam furtivos
do outro lado da imaterialidade das palavras.
São Gonçalves.
Disfarço os sentimentos em traços escuros
a poesia é uma ferida prestes a cicatrizar
das mãos alonga-se,o gesto invertido
a dadiva silenciosa aconchegando a alma
Não tenho medo da noite
nem dos sentimentos trasfigurados em palavras
as emoções incendeiam o corpo
mas é de negro que pinto a pele.
Escondo-me dos olhares furtivos e inquisidores
os meus olhos são agora um pedaço de terra
olhando as superfícies lunares.
Vagueio entre as luz e as sombras
entre as palavras que se fazem maduras
nas pontas dos dedos
a tinta do tinteiro espalhou-se pelas emoções
e nada mais me resta a não ser
desenhar palavras
na linhas invisiveis, rasgadas
nos sulcos traçados na pele.
São Gonçalves
a poesia é uma ferida prestes a cicatrizar
das mãos alonga-se,o gesto invertido
a dadiva silenciosa aconchegando a alma
Não tenho medo da noite
nem dos sentimentos trasfigurados em palavras
as emoções incendeiam o corpo
mas é de negro que pinto a pele.
Escondo-me dos olhares furtivos e inquisidores
os meus olhos são agora um pedaço de terra
olhando as superfícies lunares.
Vagueio entre as luz e as sombras
entre as palavras que se fazem maduras
nas pontas dos dedos
a tinta do tinteiro espalhou-se pelas emoções
e nada mais me resta a não ser
desenhar palavras
na linhas invisiveis, rasgadas
nos sulcos traçados na pele.
São Gonçalves
Foto-Ana Ana Souto DeMatos
Na fragilidade do mundo abraça o azul do céu
nas longas horas de espera
espera o tempo agarrada às rochas
raízes submersas na rudeza do calcário
e solta-se,solta-se na inquietude dos gestos
no beijo terno sol
Exalta-se na profundeza das marés
na dança matinal com os ventos
enlaça-se em abraços de ternura.
rasga a noite a vibra com o beijo da luz
aclara a cor do amor
nas madrugadas luminosas
e esquece essa raiz comprimida
na dureza da rocha .
Na fragilidade do mundo encontra um novo sentido
nas longas manhãs de procura.
São Gonçalves.
Na fragilidade do mundo abraça o azul do céu
nas longas horas de espera
espera o tempo agarrada às rochas
raízes submersas na rudeza do calcário
e solta-se,solta-se na inquietude dos gestos
no beijo terno sol
Exalta-se na profundeza das marés
na dança matinal com os ventos
enlaça-se em abraços de ternura.
rasga a noite a vibra com o beijo da luz
aclara a cor do amor
nas madrugadas luminosas
e esquece essa raiz comprimida
na dureza da rocha .
Na fragilidade do mundo encontra um novo sentido
nas longas manhãs de procura.
São Gonçalves.
Acolho aos poucos as palavras que me transportam os ventos
é inverno e as árvores despidas murmuram desencantos
e são imensos os lagos agora congelados com os frios do norte.
Acolho nas minhas mãos as tuas palavras,as tuas dores
a nota musical do timbrar fino do coração
sinto-te espera nos dias frios,o corpo gritando repouso
e eu acolho isto tudo numa caixinha magica
onde guardo todos os segredos.
As minhas mãos engrandecem para abraçar isto tudo
no silencio de vozes que nos aproximam
e num afago de palavras que atiro
aos mesmos ventos
onde me perco nos teus murmúrios
confidências decifradas na penumbra
das frases escondidas.
São Gonçalves
é inverno e as árvores despidas murmuram desencantos
e são imensos os lagos agora congelados com os frios do norte.
Acolho nas minhas mãos as tuas palavras,as tuas dores
a nota musical do timbrar fino do coração
sinto-te espera nos dias frios,o corpo gritando repouso
e eu acolho isto tudo numa caixinha magica
onde guardo todos os segredos.
As minhas mãos engrandecem para abraçar isto tudo
no silencio de vozes que nos aproximam
e num afago de palavras que atiro
aos mesmos ventos
onde me perco nos teus murmúrios
confidências decifradas na penumbra
das frases escondidas.
São Gonçalves
O que valem os nossos desencantos comparados com as grandes dores?
As que estabelecem limites entre a vida e a morte.
são Gonçalves.
FotoJef Poldervaart
As que estabelecem limites entre a vida e a morte.
são Gonçalves.
FotoJef Poldervaart
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Color Turbulence - abstract,contemporary, modern art, painting by California artist Nancy Eckels
Agarrada aos silêncios imponentes da alma
muros de abstracções invisíveis
recorro muitas vezes às cores que me rodeiam
figuras ora lisiveis aos meus olhos de leiga
ora codificadas em pigmentos e traços
que apenas me elevam os sentidos.
Percorro as cores tumultuosas
que se agitam no coração da tela
embriago o olhar de movimentos
cautelosamente desenhados
pelas mãos da artista.
Sinto
e temo as palavras que podem surgir
dos meus dedos mesmo assim
timidamente inquietos.
Numa turbulência de cores
descrevo um mundo interior
a paz denitivamente assente em pontos
estratégicos no centro da vida
a luz emergente da alma
trespassando o imenso lago de chamas
fogueiras ardendo em vários sentidos
caminhos de aventuras audaciosas
labaredas silenciosas
queimando em varias direcções.
Procura a calmaria
o afago de uma brisa fresca
nos intervalos do tempo
onde desperto da turbulência
dos sentidos
da imensa procura
ou o caminhar num derradeiro caminho
de labaredas calmas.
Percorro-me
percorro-te na imensidão da cor
e adormeço num leito branco
de memórias
albergadas algures
no tempo das grandes lutas.
São Gonçalves
Agarrada aos silêncios imponentes da alma
muros de abstracções invisíveis
recorro muitas vezes às cores que me rodeiam
figuras ora lisiveis aos meus olhos de leiga
ora codificadas em pigmentos e traços
que apenas me elevam os sentidos.
Percorro as cores tumultuosas
que se agitam no coração da tela
embriago o olhar de movimentos
cautelosamente desenhados
pelas mãos da artista.
Sinto
e temo as palavras que podem surgir
dos meus dedos mesmo assim
timidamente inquietos.
Numa turbulência de cores
descrevo um mundo interior
a paz denitivamente assente em pontos
estratégicos no centro da vida
a luz emergente da alma
trespassando o imenso lago de chamas
fogueiras ardendo em vários sentidos
caminhos de aventuras audaciosas
labaredas silenciosas
queimando em varias direcções.
Procura a calmaria
o afago de uma brisa fresca
nos intervalos do tempo
onde desperto da turbulência
dos sentidos
da imensa procura
ou o caminhar num derradeiro caminho
de labaredas calmas.
Percorro-me
percorro-te na imensidão da cor
e adormeço num leito branco
de memórias
albergadas algures
no tempo das grandes lutas.
São Gonçalves
Olhou a cidade pela ultima vez
repousou sentimentos no branco das casas
e terminou abençoando os deuses
escondidos para lá das colinas
Sentiu a terra nos pés descalços
a areia morna entranhar-se na pele
o calor imenso do ventre do mundo
lavas escondidas,entranhadas nas rochas
a enorme força escondida
nas cinzas dos vulcões
olhou a cidade pela ultima vez
e abraçou a terra num longo olhar.
São Gonçalves.
repousou sentimentos no branco das casas
e terminou abençoando os deuses
escondidos para lá das colinas
Sentiu a terra nos pés descalços
a areia morna entranhar-se na pele
o calor imenso do ventre do mundo
lavas escondidas,entranhadas nas rochas
a enorme força escondida
nas cinzas dos vulcões
olhou a cidade pela ultima vez
e abraçou a terra num longo olhar.
São Gonçalves.
De pequenos momentos escrevemos um pedaço de tempo,um pedaço de sonho.
A alegria e a tristeza de mãos dadas ,a confiança das horas vazias,a ternura desenhada num livro colorido,cores sangrando os medos,as alegrias,as dores,as mãos que desenham os caminhos e constroem pontes ,travessias silenciosas de afagos,de sentires,de transmutações enequivocas da alma.
Junto ao tempo os pedaços de um poema,e de mãos dadas contemplo o laranja de um sol imenso,ou de fim de tarde,onde a amizade se passeia sem receio das pausas ,das interrogações ou das penas.
Traço nos dias um pedaço da tua presença,junto aos pequenos detalhes aquele abraço lonjiquo, a imensidão da ternura que habita as palavras,as minhas,as tuas,a medida certa de um tempo que ora nos aproxima,ora nos afasta.e somos assim duas viajantes num tempo de palavras e silençios ,de mãos dadas com a amizade e a cumplicidade dos dias.
São Gonçalves.
Parabéns Ana
A alegria e a tristeza de mãos dadas ,a confiança das horas vazias,a ternura desenhada num livro colorido,cores sangrando os medos,as alegrias,as dores,as mãos que desenham os caminhos e constroem pontes ,travessias silenciosas de afagos,de sentires,de transmutações enequivocas da alma.
Junto ao tempo os pedaços de um poema,e de mãos dadas contemplo o laranja de um sol imenso,ou de fim de tarde,onde a amizade se passeia sem receio das pausas ,das interrogações ou das penas.
Traço nos dias um pedaço da tua presença,junto aos pequenos detalhes aquele abraço lonjiquo, a imensidão da ternura que habita as palavras,as minhas,as tuas,a medida certa de um tempo que ora nos aproxima,ora nos afasta.e somos assim duas viajantes num tempo de palavras e silençios ,de mãos dadas com a amizade e a cumplicidade dos dias.
São Gonçalves.
Parabéns Ana
domingo, 5 de janeiro de 2014
Tela Edite Melo.
Arrastava os dias e o corpo pelas paredes da casa
negras,negra a alma desfeita depois do ultimo ataque.
Gritava ao mundo a dor,mas ninguém ouvia
nem ela ouvia a sua própria dor.
Já não sentia
arrastava-se sem a esperança que lhe tinham povoado os sonhos...
...às vezes acontecia, acontecia ainda sonhar
no corpo sem dor,na alma liberta das feridas
na luz de um amanhã melhor
sem gritos,sem silêncios,sem brutalidade...
Sentia a vida correr de vagar
escondia-se do medo
haveria de conhecer de cor
a sua cor ,sentir-lhe o cheiro
e haveria de refugiar-se na ternura
de um abraço ausente.
Arrastava a luz do coração
por entre as nódoas negras do corpo
a a esperança de libertação.
O temor enchia as paredes da casa
mas era de branco que vestia
as paredes do futuro
pintadas nas sombras da palma da mão.
São Gonçalves.
Arrastava os dias e o corpo pelas paredes da casa
negras,negra a alma desfeita depois do ultimo ataque.
Gritava ao mundo a dor,mas ninguém ouvia
nem ela ouvia a sua própria dor.
Já não sentia
arrastava-se sem a esperança que lhe tinham povoado os sonhos...
...às vezes acontecia, acontecia ainda sonhar
no corpo sem dor,na alma liberta das feridas
na luz de um amanhã melhor
sem gritos,sem silêncios,sem brutalidade...
Sentia a vida correr de vagar
escondia-se do medo
haveria de conhecer de cor
a sua cor ,sentir-lhe o cheiro
e haveria de refugiar-se na ternura
de um abraço ausente.
Arrastava a luz do coração
por entre as nódoas negras do corpo
a a esperança de libertação.
O temor enchia as paredes da casa
mas era de branco que vestia
as paredes do futuro
pintadas nas sombras da palma da mão.
São Gonçalves.
As mãos
Quantas vezes as mãos tudo podem e nada fazem… metáforas
de um maniqueísmo latente, são submissas discípulas do caos que não decifram e de imperativos que lhes manipulam a vontade e lhes coarctam a liberdade de acção. E no entanto, são instrumentos perfeitos. As mãos.
© Rita Pais 2013
Silenciosas as mãos agitam-se na penumbra do tempo,acarinham as novas promessas inventam metáforas de luz,azuis as constelações das horas,um tempo infinito de submissas esperas.
As mãos ,instrumentos persuasivos das vontades,das minhas,das tuas,instrumento de mil vozes ,de tantos silêncios...
As mãos com que te leio,te sinto,te reinvento no meu mundo .
Calo o medo de avançar na concavidade das tuas palavras,resisto na melodia de um violino tantas vezes inventada.
As mãos...as minhas ,as tuas....
A eterna caricia distante que soa na luz de um calado tactear.
São Gonçalves
— com Rita Pais.
Quantas vezes as mãos tudo podem e nada fazem… metáforas
de um maniqueísmo latente, são submissas discípulas do caos que não decifram e de imperativos que lhes manipulam a vontade e lhes coarctam a liberdade de acção. E no entanto, são instrumentos perfeitos. As mãos.
© Rita Pais 2013
Silenciosas as mãos agitam-se na penumbra do tempo,acarinham as novas promessas inventam metáforas de luz,azuis as constelações das horas,um tempo infinito de submissas esperas.
As mãos ,instrumentos persuasivos das vontades,das minhas,das tuas,instrumento de mil vozes ,de tantos silêncios...
As mãos com que te leio,te sinto,te reinvento no meu mundo .
Calo o medo de avançar na concavidade das tuas palavras,resisto na melodia de um violino tantas vezes inventada.
As mãos...as minhas ,as tuas....
A eterna caricia distante que soa na luz de um calado tactear.
São Gonçalves