segunda-feira, 23 de junho de 2014

Quando aprendermos a juntar pedaços de amor ,encontraremos todo o amor do mundo.
São Gonçalves.
 
Onde se perdem os passos nos dias fragmentados de ilusões? 
Onde cabem os gestos silentes perdidos no crepúsculo das giestas? 
Onde...a luz é mais luminosa nos espaços abertos. 

São Gonçalves.
Tela- Edite Melo.

Inundo-me num mar de cores vivas
as emoções despertas à flor da pele
um imaginário de prazeres ocultos
na ternura acariciada da pele.

Sopram ventos do norte
tantas as viagens que albergam neste espaço.
Seria a cor do mar o espelho dos teus olhos
ou a seara onde despertei nos sonhos de infância!

Podia vislumbrar um reflexo de papoilas
baloiçando ao vento
Podia vislumbrar o meu corpo inocente
passeando nas ruas da ternura

A Magia das aves sobrevoando a memoria
um tempo claro de esperanças tacteando o presente..
Seria a brisa do tempo inventando os dias
a cor do mar albergando ânsias ainda maiores.

A ternura seria sempre um barco
resistindo as intempéries do tempo
e aos espaços mortos dos dias sem nome.

a cor com que teimo em vestir o presente
é a brisa fresca com que embalo os sonhos
do futuro ainda a despertar.

São Gonçalves
Anoitece na cidade abandonada, o silêncio ergue se num murmúrio vagaroso, as palavras com que vestimos os dias escondem se num canto ,arrumadas na ternura dos corpos. 
Anoitece na cidade , o crepúsculo acende no corpo novos desejos, o céu parece ganhar tonalidades vidradas num espelho de água parada. 

São Gonçalves.
De muito pouco se escreve a poesia dos dias. 
A clareza das águas brilhando num leito de pedras duras ,amulecidas com o passar das luas e a agitação das marés. 
De muito pouco se iluminam os dias quando a alma não traz dentro de si apenas o negro das noites , a escuridão da falta de amor. 
São Gonçalves.

domingo, 22 de junho de 2014

Ergo-me no rumor das ondas, na passagem silenciosa do tempo. Descanso o corpo em areias sedosas ,resguardo o olhar dos temporais distantes. 
Num só cântico atravesso várias épocas, na magia silenciosa do mar.
Aconchego as lembranças de outras vidas na rudeza nua de um corpo frágil, sei que acordarei do sonho, mas agora apenas o tempo da magia do apego ,ao mar de águas quentes e calmas me desperta o verdadeiro sentido da vida em movimento. 
Absorvo cada minuto como uma gota rara de amor caindo dos corpos. 

São Gonçalves.
Hà dentro de mim um mar que nunca se revolta, a extensão de muitas luas espelhando a serenidade no olhar de quem amo. 
São Gonçalves.
Na magia das cores da primavera,amanheço
renovo os laços num acorde melódico e silencioso
digo olá ao dia seguinte com um sorriso no olhar.
Destaco as flores de um jardim iluminado
não escondo ainda o acinzentado de algumas horas
e desfolho a flor ,num jogo de sorte
ou apenas a memória de infância.

Chego até ti na renovação de mais um calendário
judaico-Cristão.

Procuro na maciez das cores o abraço que ficou por dar.

Olha me no fundo dos meus olhos ausentes nas profundezas de um mar de corais. Desenha me numa tela de cores vivas ,o toque dos dedos num misto de ternura e cumplicidade. 

Abraça - me na ausência de um olhar perdido. 

São Gonçalves.
As flores que perfumam os dedos também podem ser aquelas que fazem jorrar o sangue da vida. 
São Gonçalves.
Não deixem de visitar a exposição da pintora Edite Melo,que está patente na ordem dos medicos ,do Porto.

No centro da casa o principio da cor,as magia das mãos que procuram o sentido
no mundo abstracto criado num universo de imagens gravadas na mente.
Ancestrais vivências ,ocultas mensagens
o vaguear da alma por mundos infinitos e vastos
o abraço que se transforma em ternura desmedida,a entrega nos laranjas vivos do sol.
Poderias amansar os temores da terra,acalmar os mais temíveis sobressaltos
nesse teu espaço magico criado numa tela.
Aqui no centro da sala,mostras ao mundo a pérola por descodificar
o teu mundo ,o meu mundo,o mundo onde as vibrações
podem ter a magia cor do azul do mar e do céu
ou ocre da terra pronta a desbravar.

No centro do teu mundo
nada mais pode ser oculto,basta olhar,sentir e amar.

São Gonçalves
Foto-Logan Hiches.

"há noites que brilham mais .... nos meu olhos tristes."

De estrelas cadentes ilumino os passos
numa cama de abraços me deito
prende-me o tempo
a nostalgias antigas e amordaçadas em silêncios.
Evoco o teu nome,a lua ilumina o corpo desgastado
anoitece no meu corpo...exausto..
e mesmo assim ainda há noites
que brilham como se fosse dia.

São Gonçalves.
À noite a cor é mais intensa ,
Quando resiste aos assaltos do vento. 
São as estrelas que velam por um amanhã luminoso. 
A fragilidade do mundo equilibrada na magia transcendente da existência da terra. 

São Gonçalves.