terça-feira, 4 de abril de 2017

Nada se vê da cidade estremunhada, sopra uma brisa lenta, um beijo, uma carícia no asfalto. 
Os homens perderam - se nas crateras da vida. De um lado e do outro da ponte, o vazio e o silêncio ! 
Sós, as árvores encolhem os ramos, despojadas do vigor da primavera tardia. 
Chove uma chuva miudinha, não há sons, nem as andorinhas atravessaram ainda o oceano. 
A cidade acorda, a brisa fria da madrugada, estende um manto de sedutora solidão. 

São Gonçalves.

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