domingo, 22 de novembro de 2020

Estendo as mãos como símbolo de aceitação!
Do mundo a imensão da dádiva! Pequenas gotas brilhantes a inundar a escuridão.
Regresso lentamente ao lugar da nascente. Lembro com alguma nostalgia o dia do baptismo.
Mãos côncavas a aspergir o sentido do sagrado, a fragilidade das almas. O início de pertença a uma comunidade.

Que fizeram os anos dessa memória longínqua?

Quem separou o caminho das almas em construção?

Regressados ao presente, as minhas e as tuas mãos, tão distantes. O sentido de pertença estilhaçado em pequenas partículas invisíveis.

Entregas o teu corpo e a tua alma ao divino. E eu contemplo a distância que nos afasta, invoco uma última oração.

A cartografia da luz e das almas desenhada a lápis, forjado de silêncio e de mágoa!

In- cartografias
 

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