domingo, 22 de novembro de 2020


 Sentia que era demasiado tarde para se cumprir na palavra.

Os deuses encheram o seu olhar de silêncio e de espanto. Durante este tempo, as vozes ressoaram vocábulos incompreensíveis. Sons estranhos a inundar o espaço. O seu olhar procurava a consistência do mundo. A magia das auroras, a plenitude dos crepúsculos.
O mundo tornara- se um lugar pouco frequentavel. Os sonhos desfaleceram lentamente.
Não sabia se era, agora, invisível aos olhos dos homens. A sua angústia era uma lâmina a cortar lentamente a pele e a alma.
Vivia os dias devagar! Ausente!

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