Desta luz sépia matinal a esperança a rondar os contornos do rosto.Silêncio!Só o silêncio acalma a inquietude invisível e nascente.Recordas as madrugadas em que tudo parecia ter sentido!A intimidade dos corpos cinzelados num só abraço! A perfeição dos gestos e dos sentidos.No torpor da alvorada o toque dos dedos, mãos que se afagam na aflição do desejo.É este o teu momento de abandono!Ao longe contemplas a velha ponte secular. O deslumbramento contínua intacto no olhar nostálgico.Da sombra da janela o murmúrio do tempo, fracionado na memória dos gestos!
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