Tela-Edite Melo.
in "a alma da cor" a editar brevemente.
Estranhamente me escondo
em vestes cinza
estranhamente me calo
me cinjo aos murmúrios
ao silêncio transfigurado
dos muros caiados...
... brancos, brancos...
os vultos enamorados
os segredos desvendados
os sons, os risos...
... rasgados...
do mundo esquecidos.
Canta-me uma nova melodia
oferece-me os gestos
caricias inundadas de desejo...
Estranhamente me desenhas
os traços da vida.
São Gonçalves.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Queria sentir o mundo tatuado no seu corpo
frágil nas manhas ,quando despertava
Queria ser a liberdade dos gestos dos sentimentos
da eterna procura ,nas giestas da memoria
e nos caminhos do futuro.
Queria o desejo límpido e cristalino
a vontade de amar sem prisões
e enaltecer em altares sagrados
a oferenda da vida.
não queria o mundo subjugado as seus pés
taça que se enche de amargura
nas noites de solidão.
Queria ser tudo o que a alma lhe podia oferecer
mas não desejava possuir sem saber
o preço da liberdade.
São Gonçalves
frágil nas manhas ,quando despertava
Queria ser a liberdade dos gestos dos sentimentos
da eterna procura ,nas giestas da memoria
e nos caminhos do futuro.
Queria o desejo límpido e cristalino
a vontade de amar sem prisões
e enaltecer em altares sagrados
a oferenda da vida.
não queria o mundo subjugado as seus pés
taça que se enche de amargura
nas noites de solidão.
Queria ser tudo o que a alma lhe podia oferecer
mas não desejava possuir sem saber
o preço da liberdade.
São Gonçalves
Perdida num abismo de silêncios.parto ao encontro de memórias
arranco do peito cristais perdidos pelos caminhos que tenho percorrido.
Deixei-te algures numa estação de um outro pais
e o tempo passa como passa veloz o comboio do tempo
e pergunto-me -porque não é nosso este nosso tempo.
Nunca foi nosso na verdade,
hoje dói-me a tua ausência,e este silêncio que me protege das tempestades.
Proclamei-o um dia ,para não me ferir,para guardar intacta a memoria da ternura.
Olho-te de longe....sinto-te como metade da alma
e continuo nesta inquietude amarga
que é saber-te sempre longe.
São Gonçalves
arranco do peito cristais perdidos pelos caminhos que tenho percorrido.
Deixei-te algures numa estação de um outro pais
e o tempo passa como passa veloz o comboio do tempo
e pergunto-me -porque não é nosso este nosso tempo.
Nunca foi nosso na verdade,
hoje dói-me a tua ausência,e este silêncio que me protege das tempestades.
Proclamei-o um dia ,para não me ferir,para guardar intacta a memoria da ternura.
Olho-te de longe....sinto-te como metade da alma
e continuo nesta inquietude amarga
que é saber-te sempre longe.
São Gonçalves
Regresso ao cais do recomeço,ao lugar da nascente cristalina
regresso ao berço das promessas,das águas calma do amanhecer
ao beijo da brisa nas manhãs de Agosto
ao colo da ria ,deslizando mansa nas entranhas da cidade.
Regresso sem talvez nunca ter partido
dos caudais de ternura que percorrem as minhas veias
do amor primaveril e pleno de promessas
das vagas de um mar sonoro e sentido.
E do sal das maresias retiro o gosto da vida
a paixão branca em dunas erguidas ao sol
e tu sempre tu ali nas cores da terra
a primavera ,o verão desenhadas,a eterna
passagem do tempo em estações eternas.
Regresso navegando nas palavras
fieis companheiras na viagem de partida
acordei e adormeci nelas veze sem conta
enamorei-me do significado tantas vezes escondido
tantas vezes ferido sem significante.
Regresso a ti numa tela de cores vivas
a alma rasgando os canais e a lembrança
coração sangrando ,implorando embalo
de um moliceiro perdido algures num céu de esperança.
regresso ao ventre das manhãs,ao sereno sonho
de numa viagem inquietante,rever as imagens
fugazes do tempo de criança.
São Gonçalves
regresso ao berço das promessas,das águas calma do amanhecer
ao beijo da brisa nas manhãs de Agosto
ao colo da ria ,deslizando mansa nas entranhas da cidade.
Regresso sem talvez nunca ter partido
dos caudais de ternura que percorrem as minhas veias
do amor primaveril e pleno de promessas
das vagas de um mar sonoro e sentido.
E do sal das maresias retiro o gosto da vida
a paixão branca em dunas erguidas ao sol
e tu sempre tu ali nas cores da terra
a primavera ,o verão desenhadas,a eterna
passagem do tempo em estações eternas.
Regresso navegando nas palavras
fieis companheiras na viagem de partida
acordei e adormeci nelas veze sem conta
enamorei-me do significado tantas vezes escondido
tantas vezes ferido sem significante.
Regresso a ti numa tela de cores vivas
a alma rasgando os canais e a lembrança
coração sangrando ,implorando embalo
de um moliceiro perdido algures num céu de esperança.
regresso ao ventre das manhãs,ao sereno sonho
de numa viagem inquietante,rever as imagens
fugazes do tempo de criança.
São Gonçalves
Acordava todas as manhãs com a luz tímida do amanhecer entrando pela janela,
Levantava-se, calma e meio ausente do mundo e num ritual quase diário dirigia-se a janela.
No parapeito guardava dentro de uma jarra duas flores.
No amanhecer do corpo e dos dias encenava as horas que se seguiam.
Seriam de alegria, ou de tristeza?
De descanso ou de cansaço?
O corpo conhecia bem as lutas diárias, rotineiras, constantes, a alma os desencantos, a melancolia, o cinzento do tempo ,e o cinzento no rosto dos homens.
Aprendera a não dar importância, aprendera a olhar para dentro de si, a encontrar a luz no interior do seu mundo.
E era neste dialogo silencioso com as flores, que religiosamente colocava no parapeito da janela, que as manhãs eram mais claras e generosas.
Com elas ,as flores, ligava-se a terra, ao céu, aos astros, as forças da natureza, trazendo um maior alento e conforto ao começar dos dias.
Acordava todas as manhãs com a fragilidade e a força, beijando-lhe o rosto.
E seguia....
São Gonçalves.
Levantava-se, calma e meio ausente do mundo e num ritual quase diário dirigia-se a janela.
No parapeito guardava dentro de uma jarra duas flores.
No amanhecer do corpo e dos dias encenava as horas que se seguiam.
Seriam de alegria, ou de tristeza?
De descanso ou de cansaço?
O corpo conhecia bem as lutas diárias, rotineiras, constantes, a alma os desencantos, a melancolia, o cinzento do tempo ,e o cinzento no rosto dos homens.
Aprendera a não dar importância, aprendera a olhar para dentro de si, a encontrar a luz no interior do seu mundo.
E era neste dialogo silencioso com as flores, que religiosamente colocava no parapeito da janela, que as manhãs eram mais claras e generosas.
Com elas ,as flores, ligava-se a terra, ao céu, aos astros, as forças da natureza, trazendo um maior alento e conforto ao começar dos dias.
Acordava todas as manhãs com a fragilidade e a força, beijando-lhe o rosto.
E seguia....
São Gonçalves.
Olhava o horizonte como quem procura o sol
apesar de se vislumbrar um traço de nostalgia
no olhar ausente ,guardava o azul do mar
nas curvas do rosto, nas lembranças
tatuadas nos recantos de luz.
Eram laranja os caminhos
a cor que tatuava todos os dias
na fugaz perspectiva de olhar sempre
o sol,mesmo se a cor da terra
transfigurá-se os passos.
Vivos os dias e as noites
em que o sol e o mar
iluminassem a vontade de navegar.
São Gonçalves.
apesar de se vislumbrar um traço de nostalgia
no olhar ausente ,guardava o azul do mar
nas curvas do rosto, nas lembranças
tatuadas nos recantos de luz.
Eram laranja os caminhos
a cor que tatuava todos os dias
na fugaz perspectiva de olhar sempre
o sol,mesmo se a cor da terra
transfigurá-se os passos.
Vivos os dias e as noites
em que o sol e o mar
iluminassem a vontade de navegar.
São Gonçalves.
Os cravos ainda perfumam as mãos das gentes
os sonhos de ser maior na vanguarda de um tempo!
Não sei ,não conheço ao certo de que cor
se pintam hoje as mãos de um povo
as melodias trazem ainda o gosto da revolução
e a liberdade transforma-se numa arma
de homens lutando por uma simples verdade
a igualde de ser gente de ser razão!
São Gonçalves
os sonhos de ser maior na vanguarda de um tempo!
Não sei ,não conheço ao certo de que cor
se pintam hoje as mãos de um povo
as melodias trazem ainda o gosto da revolução
e a liberdade transforma-se numa arma
de homens lutando por uma simples verdade
a igualde de ser gente de ser razão!
São Gonçalves