Arrastava o corpo pelas cidades cinzentas.Sentada, entre uma e outra estação, atravessava fronteiras.Os dias gelados, o frio a entranhar-se na pele.O corpo procurando o aconchego de um abraço.Na violenta solidão nocturnaNo inferno da cidade silenciosaAs palavras já não lhe serviam de agasalho.Entre uma e outra fronteiraRegressaria ao cais do recomeçoEntre uma e outra estaçãoVozes errantes a consumir o que restava do alento, murmúrios de um sentimento maior.São Gonçalves.
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