Algures entre a lembrança e o esquecimento perdi a ingenuidade,
Escalei as paredes do tempo
Venci as agruras do inverno
Beijei com ternura a suave brisa da primavera.
Pintei de azul as manhãs
Vi o meu tronco florir
No encantamento das madrugadas.
Algures entre uma estação e outra
Venci o medo
Derrubei muralhas cinzentas
E solitária beijei o sol ameno de inverno.
São Gonçalves.
Foto Maria José Coelho
domingo, 6 de dezembro de 2015
De que servem todas as teorias do mundo
Todas as que tentam decifrar a humanidade
Em compêndios cheios de palavras
Sem vida, sem emoção!
De que servem afinal
Os grandes debates filosóficos…
Se é na luz da aurora
Nesse beijo magico entre o céu e o mar
Nesse amarelo abrasador
No azul apaziguador dos anseios
Nessas cores sublimadas da natureza
Na fragilidade volátil do ar
Que a vida encontra sentido!
São Gonçalves
Foto- Antonio Mattozi
Todas as que tentam decifrar a humanidade
Em compêndios cheios de palavras
Sem vida, sem emoção!
De que servem afinal
Os grandes debates filosóficos…
Se é na luz da aurora
Nesse beijo magico entre o céu e o mar
Nesse amarelo abrasador
No azul apaziguador dos anseios
Nessas cores sublimadas da natureza
Na fragilidade volátil do ar
Que a vida encontra sentido!
São Gonçalves
Foto- Antonio Mattozi
Talvez seja o toque da nostalgia a lembrar -me o Outono, ou a ausência das tuas mãos no branco macio sobre a minha pele.
Talvez seja este subtil murmúrio das cores a lembrar o quanto me trazes de luz.
Há uma aurora que espera por nós
No coração da madrugada pincelada de cores marborizadas.
São Gonçalves.
Tela - Edite Melo.
Talvez seja este subtil murmúrio das cores a lembrar o quanto me trazes de luz.
Há uma aurora que espera por nós
No coração da madrugada pincelada de cores marborizadas.
São Gonçalves.
Tela - Edite Melo.
A minha amiga Sonia Micaelo, ofereceu-me um pedaço desta tarte, virtualmente claro. Eu dei-lhe umas palavrinhas.
Atravesso o tempo , o espaço, a distancia virtual ,o momento
a oculta imensidão da memoria
de olhos fechados absorvo o cheiro
tacteio silenciosamente os odores das cozinhas antigas
poeira de canela no ar, imensos sentimentos
esvoaçam no tampo da mesa, à superfície da pele.
Nada é transcendente no sabor do poema
nem na brancura do naperon
nem o acordar na fragançia das manhãs
apenas o odor das mães me abraça
no céu da boca
um pedaço de tarte de maçã!!!
São Gonçalves
Atravesso o tempo , o espaço, a distancia virtual ,o momento
a oculta imensidão da memoria
de olhos fechados absorvo o cheiro
tacteio silenciosamente os odores das cozinhas antigas
poeira de canela no ar, imensos sentimentos
esvoaçam no tampo da mesa, à superfície da pele.
Nada é transcendente no sabor do poema
nem na brancura do naperon
nem o acordar na fragançia das manhãs
apenas o odor das mães me abraça
no céu da boca
um pedaço de tarte de maçã!!!
São Gonçalves
São as palavras e os afetos que nos tornam pessoas melhores.
Um jardim ensolarado
Risos abertos
Uma árvore cúmplice
Uma imagem de ternura
Às vezes o silêncio
Apaziguador das dúvidas e dos anseios
Catarse das horas de ausência
É nas palavras e nas imagens
De um quotidiano implacável
Que nos revemos
Nos cumprimos.
São Gonçalves
Um jardim ensolarado
Risos abertos
Uma árvore cúmplice
Uma imagem de ternura
Às vezes o silêncio
Apaziguador das dúvidas e dos anseios
Catarse das horas de ausência
É nas palavras e nas imagens
De um quotidiano implacável
Que nos revemos
Nos cumprimos.
São Gonçalves
domingo, 22 de novembro de 2015
Para onde devo olhar?
Para o negro do caminho, desbotado das intempéries, dos mil passos apressados dos homens?
Para o céu tingido de castanho
Dessa mágica luz outonal?
Olho para mundo na beleza transcendente
Esse cruzar de olhares e de vozes
O chiar do carro no asfalto
O cântico da cigarra
Serpenteando os canais que percorrem o coração das cidades .
Olho o horizonte marmorizado
De cores amenas
Para esse apaziguador crepúsculo
Essa hora onde o sagrado e o profano se unem
Na beleza do silêncio
De um fim de tarde
Solicitando a paz do corpo e do espírito.
São Gonçalves.
Fotografia - Camilo.
Para o negro do caminho, desbotado das intempéries, dos mil passos apressados dos homens?
Para o céu tingido de castanho
Dessa mágica luz outonal?
Olho para mundo na beleza transcendente
Esse cruzar de olhares e de vozes
O chiar do carro no asfalto
O cântico da cigarra
Serpenteando os canais que percorrem o coração das cidades .
Olho o horizonte marmorizado
De cores amenas
Para esse apaziguador crepúsculo
Essa hora onde o sagrado e o profano se unem
Na beleza do silêncio
De um fim de tarde
Solicitando a paz do corpo e do espírito.
São Gonçalves.
Fotografia - Camilo.
Planto palavras numa terra que não me pertence, e mesmo assim, agarro com as duas mãos os sítios por onde me perco.
O céu , a terra, o mar,
O mundo todo numa encruzilhada de dores e cansaços,
E a poesia dos dias
E a alma ali a a impor -se no segredo das horas vazias.
Há dias assim
Dias em que as palavras me fogem, dolorosamente por entre o silêncio e a vigília da noite.
E eu pergunto
Será isto poesia?
São Gonçalves
Foto -Dasha Friedlova
O céu , a terra, o mar,
O mundo todo numa encruzilhada de dores e cansaços,
E a poesia dos dias
E a alma ali a a impor -se no segredo das horas vazias.
Há dias assim
Dias em que as palavras me fogem, dolorosamente por entre o silêncio e a vigília da noite.
E eu pergunto
Será isto poesia?
São Gonçalves
Foto -Dasha Friedlova
domingo, 15 de novembro de 2015
É tão singular o mundo onde habito, o mundo onde evoluem os meus sonhos, os paradigmas de toda a existência.
Pensamos ter chegado a hora certa, o minuto, o segundo onde tudo se aquieta e renascemos na fragilidade dos dias. Mas tudo se complica, os obstáculos não mudam de lugar, as dificuldades repetem - se numa cadência assustadora.
E a coragem continua a ser o alimento que devoramos nas noites de insónia.
São Gonçalves.
Foto. Rosa Mouzinho Santos
Pensamos ter chegado a hora certa, o minuto, o segundo onde tudo se aquieta e renascemos na fragilidade dos dias. Mas tudo se complica, os obstáculos não mudam de lugar, as dificuldades repetem - se numa cadência assustadora.
E a coragem continua a ser o alimento que devoramos nas noites de insónia.
São Gonçalves.
Foto. Rosa Mouzinho Santos
Tudo é efémero
As minhas palavras que pouco valem
Este sentimento de querer o desapego
A libertação de tanto mar, de tanto céu , dentro de mim.
Este infindável terramoto no meu meu peito, anunciadas tempestades, e o sol, e o vento, o mágico lusco -fusco a entrar -me pelos sentidos, procurando um local de abrigo
Tudo é efémero, o meu corpo ensaiando gestos de ternura no teu, o esboço de um poema que nunca se escreveu.
A minha alma ferida de silêncios. ...
Efémero o mundo que nos perdeu.
São Gonçalves.
Foto - Dila Sá.
As minhas palavras que pouco valem
Este sentimento de querer o desapego
A libertação de tanto mar, de tanto céu , dentro de mim.
Este infindável terramoto no meu meu peito, anunciadas tempestades, e o sol, e o vento, o mágico lusco -fusco a entrar -me pelos sentidos, procurando um local de abrigo
Tudo é efémero, o meu corpo ensaiando gestos de ternura no teu, o esboço de um poema que nunca se escreveu.
A minha alma ferida de silêncios. ...
Efémero o mundo que nos perdeu.
São Gonçalves.
Foto - Dila Sá.
Contra ventos contrários e marés adversas, caminho
Sou a força solitária dos meus passos
A eterna procura do devir num céu de cores claras, os meus olhos sorriem ao mundo, nada me demove de cruzar ventos e marés.
Não faço parte de grandes comunidades, nem sou figura presente nas festas mundanas .
O meu destino é a solidão das palavras, um mundo de tantos silêncios gritantes.
Eu sou parte deste céu, deste vento
Deste marear de sentidos e de medos.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi.
Sou a força solitária dos meus passos
A eterna procura do devir num céu de cores claras, os meus olhos sorriem ao mundo, nada me demove de cruzar ventos e marés.
Não faço parte de grandes comunidades, nem sou figura presente nas festas mundanas .
O meu destino é a solidão das palavras, um mundo de tantos silêncios gritantes.
Eu sou parte deste céu, deste vento
Deste marear de sentidos e de medos.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi.
No silêncio dos meus passos
Há um mar a segredar o mundo
Abismo de vidas em suspenso
Nas brumas de uma manhã fria
Caminho rente ao mar
Oiço os segredos
É tudo tão imenso
Tão dolorosamente profundo
O mundo é tão pequeno
Nesta imensidão
Que eu abraço devagar
Tão misteriosamente lenta
A dor que me chega
No canto das gaivotas
No marulhar do oceano
Caminho, não sinto o corpo
Nem os passos
O toque da areia fria nos
Meus pés
Nada posso fazer
Escuto apenas
O bramir do oceano
São Gonçalves.
Há um mar a segredar o mundo
Abismo de vidas em suspenso
Nas brumas de uma manhã fria
Caminho rente ao mar
Oiço os segredos
É tudo tão imenso
Tão dolorosamente profundo
O mundo é tão pequeno
Nesta imensidão
Que eu abraço devagar
Tão misteriosamente lenta
A dor que me chega
No canto das gaivotas
No marulhar do oceano
Caminho, não sinto o corpo
Nem os passos
O toque da areia fria nos
Meus pés
Nada posso fazer
Escuto apenas
O bramir do oceano
São Gonçalves.
Só assim vale a pena
Olhar-te na margem
No silêncio de uma margem esquecida
Figura presente num rio
De lembranças
Suspensas de tantas palavras…
Só assim te vejo
Nesse espaço de salgueiros viçosos
Nesse sol macio de primavera
Nesse céu de nuvens brancas, sedosas
Vagueando num espaço aberto….
Só assim permaneces
Nesse tempo e nesse espaço
Juncado de outono e de sons de verão
De memória…
São Gonçalves
Foto-Camilo Rego
Olhar-te na margem
No silêncio de uma margem esquecida
Figura presente num rio
De lembranças
Suspensas de tantas palavras…
Só assim te vejo
Nesse espaço de salgueiros viçosos
Nesse sol macio de primavera
Nesse céu de nuvens brancas, sedosas
Vagueando num espaço aberto….
Só assim permaneces
Nesse tempo e nesse espaço
Juncado de outono e de sons de verão
De memória…
São Gonçalves
Foto-Camilo Rego
Que me diz o vento do norte
Quando espreito
À janela do meu olhar?
Fala-me de mãos que se tocam
Em silêncio
De uma amizade eterna
Fala-me das noites
Onde ainda me visitas
Da nostalgia de não te poder abraçar…
Que me diz o vento do norte
Dos dias tão iguais
Ou a sombra de um rosto a descoberto
Diz-me da fragilidade do tempo
Dos afetos arrastados
Nos trilhos do vento
De uma caricia de um beijo
A memória de um desejo.
São Gonçalves
Quando espreito
À janela do meu olhar?
Fala-me de mãos que se tocam
Em silêncio
De uma amizade eterna
Fala-me das noites
Onde ainda me visitas
Da nostalgia de não te poder abraçar…
Que me diz o vento do norte
Dos dias tão iguais
Ou a sombra de um rosto a descoberto
Diz-me da fragilidade do tempo
Dos afetos arrastados
Nos trilhos do vento
De uma caricia de um beijo
A memória de um desejo.
São Gonçalves
Não há palavras !
Apenas silêncio !
Apenas silêncio !
Não trago no peito o peso do ódio dos homens , nem a fé dos que matam sem piedade, não conheço o dicionário das palavras negras, amargas,
Mesmo assim
Não são de ternura os meus pensamentos.
Os meus filhos questionam - me
Inquietos
Procuram respostas para entender a barbárie, não vejo no seu olhar a sombra do pânico
Clamam respostas para um mundo à deriva, sangrento.
Mesmo assim
Não são de ternura os meus pensamentos.
Os meus filhos questionam - me
Inquietos
Procuram respostas para entender a barbárie, não vejo no seu olhar a sombra do pânico
Clamam respostas para um mundo à deriva, sangrento.
São de sombras os meus silêncios
O pranto jorrando das minhas mãos, a visibilidade de uma inquietude silente
A incompreensão
A falta de entendimento do mundo
Dos homens
O pranto jorrando das minhas mãos, a visibilidade de uma inquietude silente
A incompreensão
A falta de entendimento do mundo
Dos homens
São de silêncio os meus dias
E de sombras as minhas noites.
E de sombras as minhas noites.
São Gonçalves.
domingo, 8 de novembro de 2015
Tanta luz, tanta vida.
É sempre ao fim da tarde que te espreito
Nessa placidez eloquente
Da terra agreste nua
Do interior da casa escuto o murmúrio do rio
O canto melodioso dos pássaros
A volúpia magia das árvores
Esquecidas no monte.
Sei que vejo passar no meu corpo as estações
Os meus cabelos embranquecem
O meu rosto encerra a sabedoria dos anos
O olhar meigo permanece brilhante e curioso
É com esse olhar que sinto
Serra minha, tão silenciosa e minha
O verde das árvores e dos anos
O decalque dos afagos nos tetos das casas
São de luz os meus olhos quando te espreito
Nesta janela virada à vida!
São Gonçalves
Foto-Ana Souto Matos.
É sempre ao fim da tarde que te espreito
Nessa placidez eloquente
Da terra agreste nua
Do interior da casa escuto o murmúrio do rio
O canto melodioso dos pássaros
A volúpia magia das árvores
Esquecidas no monte.
Sei que vejo passar no meu corpo as estações
Os meus cabelos embranquecem
O meu rosto encerra a sabedoria dos anos
O olhar meigo permanece brilhante e curioso
É com esse olhar que sinto
Serra minha, tão silenciosa e minha
O verde das árvores e dos anos
O decalque dos afagos nos tetos das casas
São de luz os meus olhos quando te espreito
Nesta janela virada à vida!
São Gonçalves
Foto-Ana Souto Matos.
Um poema azul!
Guardo nas asas do vento
A paz de um azul cobalto
O vazio da arvore despida
Galaxias girando
Ao redor da terra
Do meu mundo ainda agreste
Realizo que nada foi em vão
Nem os dias
Nem as noites
Nem os sonhos de um azul apaziguador
Guardo nas asas do vento
O beijo do colibri
O toque suave das tuas mãos
O prenuncio de alvoradas macias
Eternas
A dignidade de uma arvore solitaria
Atrevassando as estações
Guardo a imensidão da palavra
Codigo de promessas
Azuis !
São Gonçalves.
Guardo nas asas do vento
A paz de um azul cobalto
O vazio da arvore despida
Galaxias girando
Ao redor da terra
Do meu mundo ainda agreste
Realizo que nada foi em vão
Nem os dias
Nem as noites
Nem os sonhos de um azul apaziguador
Guardo nas asas do vento
O beijo do colibri
O toque suave das tuas mãos
O prenuncio de alvoradas macias
Eternas
A dignidade de uma arvore solitaria
Atrevassando as estações
Guardo a imensidão da palavra
Codigo de promessas
Azuis !
São Gonçalves.
Quando eu despertar dos medos
Da fobia das cores cinzentas.
Quando eu deixar
Deslizar na epiderme
O sal das vagas
O contorno da perolas
Ali se embriagar de ternura
No segredo do teu ventre
Imaculado!
Quando eu deslizar mansamente
No ventre infinito
Na calidez do teu abraço
E acordar renovada
Das frustrações da vida
Na maciez do teu
Regaço!
Quando eu te encontrar
Alma refeita na passagem das horas
Contemplarei o mundo
Com olhar de espanto
Um foco de luz
Disperso no olhar
Iluminado!
São Gonçalves.
TelaEdite Melo - Contemporary Art
Participação na Antologia, El club des las poetisas
Tradução da poetisa Argentina, Cecilia Ce Ortiz.
Cuando despierto de mis miedos
y la fobia de los colores cenicientos cuando dejo
deslizar por mi piel
las sal de las ….
el contorno de las perlas
allí se embriaga de ternura
el secreto de tu vientre
inmaculado!
Cuando me deslizo mansamente
en el vientre infinito
en el calor de tu abrazo
y despierto renovada
de las frustraciones de la vida
en la suavidad de tu
regazo!
Cuando te encuentre
rehecho en las horas del alma
contemplaré el mundo
con una mirada de asombro
y un foco de luz
disperso en la mirada
iluminado!
São Gonçalves.
Luxemburgo.
Da fobia das cores cinzentas.
Quando eu deixar
Deslizar na epiderme
O sal das vagas
O contorno da perolas
Ali se embriagar de ternura
No segredo do teu ventre
Imaculado!
Quando eu deslizar mansamente
No ventre infinito
Na calidez do teu abraço
E acordar renovada
Das frustrações da vida
Na maciez do teu
Regaço!
Quando eu te encontrar
Alma refeita na passagem das horas
Contemplarei o mundo
Com olhar de espanto
Um foco de luz
Disperso no olhar
Iluminado!
São Gonçalves.
TelaEdite Melo - Contemporary Art
Participação na Antologia, El club des las poetisas
Tradução da poetisa Argentina, Cecilia Ce Ortiz.
Cuando despierto de mis miedos
y la fobia de los colores cenicientos cuando dejo
deslizar por mi piel
las sal de las ….
el contorno de las perlas
allí se embriaga de ternura
el secreto de tu vientre
inmaculado!
Cuando me deslizo mansamente
en el vientre infinito
en el calor de tu abrazo
y despierto renovada
de las frustraciones de la vida
en la suavidad de tu
regazo!
Cuando te encuentre
rehecho en las horas del alma
contemplaré el mundo
con una mirada de asombro
y un foco de luz
disperso en la mirada
iluminado!
São Gonçalves.
Luxemburgo.
Sento-me à margem do tempo
numa contemplação outonal,
tardia...
desejos de encontrar o sentido
das coisas perfeitas
profundas..
Num mundo pleno de desassossego
invejas,guerras, povos desavindos
escuridão
por momentos apenas olho para dentro
para o coração da terra
mãe
ai, encontro o verdadeiro sentido
o desapego das coisas inúteis
imensidão
num rasgo de silencio
busco o sentido da vida
maravilhada
o tempo é o construtor
a dádiva divina da existência
encontro
a resignação do momento presente
a fugaz margem do devir,permanente
busca.
São Gonçalves.
numa contemplação outonal,
tardia...
desejos de encontrar o sentido
das coisas perfeitas
profundas..
Num mundo pleno de desassossego
invejas,guerras, povos desavindos
escuridão
por momentos apenas olho para dentro
para o coração da terra
mãe
ai, encontro o verdadeiro sentido
o desapego das coisas inúteis
imensidão
num rasgo de silencio
busco o sentido da vida
maravilhada
o tempo é o construtor
a dádiva divina da existência
encontro
a resignação do momento presente
a fugaz margem do devir,permanente
busca.
São Gonçalves.
Frágil a melodia do tempo
o sentido magico
a maciez da flor
acariciando as cordas
ébrio o sentir
o som vibrante do mundo
catarse de infames memorias
a tua voz
o teu ritmo
a tua sensibilidade musical
Tocam-se violinos
sentem-se os odores florais
e a musica inunda
a passagem das horas.
sensíveis os sons musicais
tactos de luz
na vastidão plena
de uma vida.
São Gonçalves.
Foto-Camilo Rego
o sentido magico
a maciez da flor
acariciando as cordas
ébrio o sentir
o som vibrante do mundo
catarse de infames memorias
a tua voz
o teu ritmo
a tua sensibilidade musical
Tocam-se violinos
sentem-se os odores florais
e a musica inunda
a passagem das horas.
sensíveis os sons musicais
tactos de luz
na vastidão plena
de uma vida.
São Gonçalves.
Foto-Camilo Rego
Onde ficou a alma da casa?
Os sons das crianças
Alegres
Os gemidos de amor
Na plenitude dos dias
E das noites!
Quando foi que te roubaram a vida?
A luz
O encanto da mesa cheia
A celebração dos ritos!
Quando foi que te votaram ao silencio?
E te abandonaram
Ào sombrio esquecimento
Dos anos
Na passagem das estacões
Inclementes e impiedosas!
Quando foi que te roubaram a vida?
São Gonçalves.
Foto-Dolores Marques
Os sons das crianças
Alegres
Os gemidos de amor
Na plenitude dos dias
E das noites!
Quando foi que te roubaram a vida?
A luz
O encanto da mesa cheia
A celebração dos ritos!
Quando foi que te votaram ao silencio?
E te abandonaram
Ào sombrio esquecimento
Dos anos
Na passagem das estacões
Inclementes e impiedosas!
Quando foi que te roubaram a vida?
São Gonçalves.
Foto-Dolores Marques
Não são só de pedras e de arquitecturas ancestrais pelas quais olhamos os dias.
Há na vigília das vésperas um olhar novo, uma cor de outono a perfumar os desejos e os ensejos .
Há um mar dourado a brilhar na transformação dos passos.
Há a transição das luas num equinócio ausente.
Há um espelho de luz a iluminar as trevas.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi
Há na vigília das vésperas um olhar novo, uma cor de outono a perfumar os desejos e os ensejos .
Há um mar dourado a brilhar na transformação dos passos.
Há a transição das luas num equinócio ausente.
Há um espelho de luz a iluminar as trevas.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi
Aqui na solidão da casa
Já não te espero
Visitas -me sempre
Nas noites claras
És a companheira silente
O son das palavras
Escritas
Nas entrelinhas de um poema
Um livro virgem
Esperando ser lido
És o silencioso cântico
Das aves migratórias
Esperando a estação do estio.
És a estrela brilhante
Num céu de murmúrios
A memória guardada
Nos gestos simple e eternos.
São Gonçalves.
Já não te espero
Visitas -me sempre
Nas noites claras
És a companheira silente
O son das palavras
Escritas
Nas entrelinhas de um poema
Um livro virgem
Esperando ser lido
És o silencioso cântico
Das aves migratórias
Esperando a estação do estio.
És a estrela brilhante
Num céu de murmúrios
A memória guardada
Nos gestos simple e eternos.
São Gonçalves.
Esmaecida a tarde alonga -se no leito do mar
O sol desce lentamente
Sangrando as dores do mundo
Esquecido do calor da tarde
Reflexos das sangrentas
Lágrimas
Há uma cigarra que canta
Uma gaivota que voa
Tão negras as grades
Portas semi abertas ao mundo
Dos homens
O sol que parte na sua sangrenta
Visão do mundo
O cântico da cigarra
Se esvanece no murmurar das vagas
E o mundo acorda no dia seguinte
Fechado dentro
Das grades negras
E imóveis.
Apenas fica o a beleza do silêncio entre o canto da cigarra
O murmúrio das vagas
E os espaços abertos das grades
Viradas para o mar.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi .
O sol desce lentamente
Sangrando as dores do mundo
Esquecido do calor da tarde
Reflexos das sangrentas
Lágrimas
Há uma cigarra que canta
Uma gaivota que voa
Tão negras as grades
Portas semi abertas ao mundo
Dos homens
O sol que parte na sua sangrenta
Visão do mundo
O cântico da cigarra
Se esvanece no murmurar das vagas
E o mundo acorda no dia seguinte
Fechado dentro
Das grades negras
E imóveis.
Apenas fica o a beleza do silêncio entre o canto da cigarra
O murmúrio das vagas
E os espaços abertos das grades
Viradas para o mar.
São Gonçalves.
Foto - António Mattozzi .
Existe uma certa distância entre o mundo e eu , um silêncio que venero, um poema ainda por escrever.
Há um certo mistério nisto tudo, neste encantamento ilusório.
Um voto de confiança ao meu mundo interior e misterioso.
Uma vaga de água salgada a beijar -me o rosto .
Um dia vivido e tantos outros esperando as madrugadas.
Um corpo esperando o porvir sem ânsia de o alcançar.
São Gonçalves.
Há um certo mistério nisto tudo, neste encantamento ilusório.
Um voto de confiança ao meu mundo interior e misterioso.
Uma vaga de água salgada a beijar -me o rosto .
Um dia vivido e tantos outros esperando as madrugadas.
Um corpo esperando o porvir sem ânsia de o alcançar.
São Gonçalves.
domingo, 1 de novembro de 2015
Partem as mães de madrugada, partem com a neblina fria que flutua no ar
Esse fio de solidão planando no ar
Deixando a casa e o colo desabitado
Levam com elas a ternura e a memória
O caudal das lembranças correndo na represa dos olhos
Os cheiros a alfazema e alecrim
O ondear das vagas no peito
Agitado das noites sombrias e tristes.
Partem as mães de madrugada, partem com as dores do parto
Essa dor fina que antecede a luz
O corte do cordão sangrando na pele, na alma
O sangue correndo nos poros
Na dor dilacerante da ausência.
Partem as mães de madrugada, e o silêncio é agora
A cor das vestes com que se cobre o corpo.
domingo, 4 de outubro de 2015
Entre o o turbilhão dos dias, a angústia da noite, há um espaço vazio, um azul a despertar os sentidos do lado de dentro da alma.
Esse espaço de lucidez memorizado, um espaço de luz a observar o mundo.
É aqui que aquieto a imensidão de pensamentos, essa amálgama de vida e de sons.
São fugases os momentos em que desperta me deixo embalar nesse espaço subtil da alma, essa imensidão de nadas onde flutuando me deixo abraçar da luminosidade do universo.
Resgatada do mundo e dos seus mais ancestrais medos e sombras, sou o silêncio e a voz do meu mais intimo despertar.
Sem medo, regresso ao mundo das sombras, ali onde a tonalidade do azul escurece e o corpo perde a leveza
do vazio.
São Gonçalves.
Tela - Edite Melo
Esse espaço de lucidez memorizado, um espaço de luz a observar o mundo.
É aqui que aquieto a imensidão de pensamentos, essa amálgama de vida e de sons.
São fugases os momentos em que desperta me deixo embalar nesse espaço subtil da alma, essa imensidão de nadas onde flutuando me deixo abraçar da luminosidade do universo.
Resgatada do mundo e dos seus mais ancestrais medos e sombras, sou o silêncio e a voz do meu mais intimo despertar.
Sem medo, regresso ao mundo das sombras, ali onde a tonalidade do azul escurece e o corpo perde a leveza
do vazio.
São Gonçalves.
Tela - Edite Melo
Pelos subúrbios da poesia me perco
Com esta dor do mundo agarrada
Nos frisos do rosto
Cansado, dorido
Vincado de incompreensão.
O grito mudo , silenciado nas esquinas de um poema
Os homens loucos, abraçam ideias. Preconceitos
O medo a escorrer -lhe na ponta dos lábios, o sabor do sal queimando as palavras.
Pelos subúrbios da poesia me perco
Me encontro e me entrego
No limiar de uma luz
A pairar nas crateras da minha solidão.
São Gonçalves.
Com esta dor do mundo agarrada
Nos frisos do rosto
Cansado, dorido
Vincado de incompreensão.
O grito mudo , silenciado nas esquinas de um poema
Os homens loucos, abraçam ideias. Preconceitos
O medo a escorrer -lhe na ponta dos lábios, o sabor do sal queimando as palavras.
Pelos subúrbios da poesia me perco
Me encontro e me entrego
No limiar de uma luz
A pairar nas crateras da minha solidão.
São Gonçalves.
Amanheço no coração da cidade
Abraço as ruas, as vielas
Adentro-me nos finos traços
Arquitetura mural de amores nascentes
A saudade é uma deusa que caminha
Nas margens de um rio imenso
Lisboa, amada
Lisboa pintada de cores suaves
De folhas outonais
Ou a quimera de uma cidade
Cansada
Imersa em águas de desalento
Imagem viva dos poetas
O cansaço de Álvaro de Campos
Ou desassossego de Pessoa
Ah Lisboa de mil cores
Mil caminhos virados para o mar
Lisboa do sol brilhante
Da luz inigualável!
São Gonçalves
Abraço as ruas, as vielas
Adentro-me nos finos traços
Arquitetura mural de amores nascentes
A saudade é uma deusa que caminha
Nas margens de um rio imenso
Lisboa, amada
Lisboa pintada de cores suaves
De folhas outonais
Ou a quimera de uma cidade
Cansada
Imersa em águas de desalento
Imagem viva dos poetas
O cansaço de Álvaro de Campos
Ou desassossego de Pessoa
Ah Lisboa de mil cores
Mil caminhos virados para o mar
Lisboa do sol brilhante
Da luz inigualável!
São Gonçalves
domingo, 27 de setembro de 2015
Partem as aves em Setembro
parte o ombro amigo
sentimento inacabado
cortam-se as raízes das árvores
ceifa-se o trigo
colhe-se o vinho maduro
partem as aves em Setembro
a sombra amiga e distante
o ventre já seco
partem os sonhos e os abraços
fica a terra vazia
no pousio esperando o inverno
e a colheita fugaz das estrelas
luzes cintilantes
albergando a memória dos gestos
enche-se as ânforas e os celeiros
com o mel das palavras
poema seguro no bico das aves....
São Gonçalves.
parte o ombro amigo
sentimento inacabado
cortam-se as raízes das árvores
ceifa-se o trigo
colhe-se o vinho maduro
partem as aves em Setembro
a sombra amiga e distante
o ventre já seco
partem os sonhos e os abraços
fica a terra vazia
no pousio esperando o inverno
e a colheita fugaz das estrelas
luzes cintilantes
albergando a memória dos gestos
enche-se as ânforas e os celeiros
com o mel das palavras
poema seguro no bico das aves....
São Gonçalves.
Reescrever as manhãs num poema,
Soletrar o silêncio às gotas da chuva, e olhar o dia com olhos de carmim.
Guardar no ventre o grito da dor, tantas vezes silenciada, e na memória essa infatigável beleza maternal.
Ver -te em todas as coisas
Na flor delicadamente poisada na fragilidade vidrada da luz
Ver -te deslizar na gota de chuva
Na caneca do café
Frio de tanto esperar
Reescrever o teu corpo junto ao meu
Na sombra da palavra
E do desejo
Ver - te sempre do outro lado da janela, da margem do infinito abismo.
Do rio caudaloso de metáforas
Ver - te do outro lado do poema.
São Gonçalves
Soletrar o silêncio às gotas da chuva, e olhar o dia com olhos de carmim.
Guardar no ventre o grito da dor, tantas vezes silenciada, e na memória essa infatigável beleza maternal.
Ver -te em todas as coisas
Na flor delicadamente poisada na fragilidade vidrada da luz
Ver -te deslizar na gota de chuva
Na caneca do café
Frio de tanto esperar
Reescrever o teu corpo junto ao meu
Na sombra da palavra
E do desejo
Ver - te sempre do outro lado da janela, da margem do infinito abismo.
Do rio caudaloso de metáforas
Ver - te do outro lado do poema.
São Gonçalves
Sinto a vertigem do tempo a passar no corpo
este silencio que habita a casa
o desabitar dos objectos
dos sentimentos
O vazio que o tempo deixou da tua ausência
a tremura nas mãos
a ausência do perfume
na minha pele.
Sinto a maciez da brisa da manhã
o toque do efémero
o vibrar de um relógio que não pàra
num corpo à deriva.
São Gonçalves.
este silencio que habita a casa
o desabitar dos objectos
dos sentimentos
O vazio que o tempo deixou da tua ausência
a tremura nas mãos
a ausência do perfume
na minha pele.
Sinto a maciez da brisa da manhã
o toque do efémero
o vibrar de um relógio que não pàra
num corpo à deriva.
São Gonçalves.
É esta a simplicidade da vida que carrego na palma das mãos. O fruto da terra, o emaranhado dos dias .
Por ali perto um céu de luz turquesa ilumina - me os passos, tantas vezes incertos, tantas vezes incompreendidos , indecisos.
É esta a magia do universo, a passagem do tempo na alquimia das árvores.
Caminho sob um céu sereno e luminoso, apenas a complexidade do mundo me toca à superfície da pele.
Sinto, reflicto, e é apenas de luz que inundo os meus passos.
Deixo à terra o emaranhado das lutas, desdobram -se os dias em ciclos lunares, o fruto da árvore ainda está para brotar na inocência da primavera.
São Gonçalves.
Foto - Dolores Marques.
Por ali perto um céu de luz turquesa ilumina - me os passos, tantas vezes incertos, tantas vezes incompreendidos , indecisos.
É esta a magia do universo, a passagem do tempo na alquimia das árvores.
Caminho sob um céu sereno e luminoso, apenas a complexidade do mundo me toca à superfície da pele.
Sinto, reflicto, e é apenas de luz que inundo os meus passos.
Deixo à terra o emaranhado das lutas, desdobram -se os dias em ciclos lunares, o fruto da árvore ainda está para brotar na inocência da primavera.
São Gonçalves.
Foto - Dolores Marques.
Nada direi das palavras, nem dos sons do mundo, aquieto o espírito ao som do planar das aves e do doce murmúrio das águas.
Carece o mundo de ternura, de momentos de vazio ausente de dor.
E eu que tanto desejei o desapego , inundo o olhar de horizonte, afogo o corpo na brisa crepuscular, e liberto -me.
São Gonçalves
Foto Dila Sá
Carece o mundo de ternura, de momentos de vazio ausente de dor.
E eu que tanto desejei o desapego , inundo o olhar de horizonte, afogo o corpo na brisa crepuscular, e liberto -me.
São Gonçalves
Foto Dila Sá
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Nada lhe fora dado sem apelo, sem esforço, a luta desenhava-se todos os dias nos contornos do caminho, por vezes chovia no seu corpo, vestia o desencanto, como quem veste uma roupa cinzenta e já desbotada pelo tempo.
Olhava nos olhos dos homens inchados de orgulho, o despeito de se sentirem superiores, pressentia-lhes o medo nas veias raiadas de vermelho, o desconforto dos medos que escondiam.
Partiu um dia, de coração magoado, deixou para trás os jarros debaixo da janela, o cheiro a feno, o odor do café de cevada fervido numa panela de ferro ao raiar da manhã.
Deixou o amor escondido nas vielas, o toque das mãos, o doce beijo crepuscular, deixou para trás o preconceito dos homens.
Correu, correu para longe, para um mundo desconhecido onde haveria continua a luta sem fim
Guardava no coração, o toque suave das mãos enrugadas da mãe, o sabor das lagrimas de quando lhe beijou o rosto triste e cansado.
Guardou na mala o preconceito dos homens e o seu orgulho inchado nos sorrisos enganosos.
Inquieta percorreu caminhos sinuosos, as palavras a enfeitarem os passos, a iluminar as manhãs cinzentas de neblina, tantas vezes as suas mãos se humedeciam com o sal das lagrimas, tantas vezes desejou voltar, tantas vezes os braços cairam vencidos da luta.
Nas suas mãos os livros, a esperança, e a verdade que tanto desejou alcançar…
Deixou passar os anos, deixou o rosto ganhar aquela textura de quem já tinha visto passar tantas estações. O Esforço continuava, o caminho não tinha ficado desimpedido dos escolhos, mas a sua verdade, permanecia guardada no coração, num lugar inacessível ao preconceito dos homens.
Tinha-se esquecido do seu lugar de pertença, mas nunca se esqueceu porquê partira…
São Gonçalves.
Olhava nos olhos dos homens inchados de orgulho, o despeito de se sentirem superiores, pressentia-lhes o medo nas veias raiadas de vermelho, o desconforto dos medos que escondiam.
Partiu um dia, de coração magoado, deixou para trás os jarros debaixo da janela, o cheiro a feno, o odor do café de cevada fervido numa panela de ferro ao raiar da manhã.
Deixou o amor escondido nas vielas, o toque das mãos, o doce beijo crepuscular, deixou para trás o preconceito dos homens.
Correu, correu para longe, para um mundo desconhecido onde haveria continua a luta sem fim
Guardava no coração, o toque suave das mãos enrugadas da mãe, o sabor das lagrimas de quando lhe beijou o rosto triste e cansado.
Guardou na mala o preconceito dos homens e o seu orgulho inchado nos sorrisos enganosos.
Inquieta percorreu caminhos sinuosos, as palavras a enfeitarem os passos, a iluminar as manhãs cinzentas de neblina, tantas vezes as suas mãos se humedeciam com o sal das lagrimas, tantas vezes desejou voltar, tantas vezes os braços cairam vencidos da luta.
Nas suas mãos os livros, a esperança, e a verdade que tanto desejou alcançar…
Deixou passar os anos, deixou o rosto ganhar aquela textura de quem já tinha visto passar tantas estações. O Esforço continuava, o caminho não tinha ficado desimpedido dos escolhos, mas a sua verdade, permanecia guardada no coração, num lugar inacessível ao preconceito dos homens.
Tinha-se esquecido do seu lugar de pertença, mas nunca se esqueceu porquê partira…
São Gonçalves.