O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sonhos percorridos na infinita distancia
dissimuladas em paisagens agrestes
retratos antigos ,misteriosos enredos
cidades inacessíveis,transversais desejos
corpos dissimulados na eterna ambiguidade
de se perder em buscas inglórias de
liberdades e penitências,mortes e renascimentos.

Fugazes lugares perdidos na imensidão da natureza
...
onde descanso e folheio um livro de singularidades metafisicas
os fascículos do desconhecido viagens a um submundo
que me aproximam do irreal paradoxos da alma humana.

Falam de paz que habita em mim numa cadencia que me é familiar
fragmentos de memoria perdida, mas descrevem outros lugares
cidades simbólicas de transformação.

A alma numa simbiose perfeita ,descreve um mundo de saberes guardados
na alquimia de um velho livro de onde velhas e interessantes historias
se transformam na beleza de uma borboleta exótica.


Profundos os imensos oceanos ,labirintos aquáticos
onde se ocultam pérolas do tamanho da minha ansiedade indossoluveis presenças emergindo na vastidão do coração no assombro das horas mortas.
plantas raras exalam perfumes desconhecidos,e as palavras aninham-se no meu colo,para que ,embaladas
se transformem em símbolos de luz e de escuridão
ainda assim por vezes,me sinto perdido ...

Felizmente sou um camaleão de personalidades metamorfose nas noites solitárias
desconexão complexa do mundo real e das minhas realidades internas
personificação de vivençias extra-sensoriais num amalgama de transformações
edificadas através das fronteiras de um mundo invisível,e para que tudo se encaixe
na realidade subtil dos dias,para que me sinta sempre em casa.

Sigo os desígnios de borboletas e traças
Sem segundas interpretações
Onde não resisto a descrever a sua coroação interior,crisálida protectora
da metamorfose feminina, lugar magico de encantamento,envolto em finas sedas invólucro misterioso onde designo um novo recomeço...

JC Patrão&São Gonçalves.

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