O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 27 de janeiro de 2013

Foto: Desafio-alencriativos.


O brilho da tarde que queima os sentidos

a febre do verão que inunda o olhar

a vida parada na lembrança de um sonho

o silêncio doloroso  das palavras vividas


o mar inquieto que que murmura ao céu

a luz do meio dia que canta a esperança

o grito amargo da aridez do deserto

o silencio doloroso das palavras vividas


o brilho da tarde que queima os sentidos

o mar inquieto que murmura ao céu

a luta dos homens bramando coragem

a lágrima secando no rosto da terra


o brilho da tarde que queima os sentidos

a lágrima secando no rosto da terra..



São Gonçalves.

 O brilho da tarde que queima os sentidos

a febre do verão que inunda o olhar

a vida parada na lembrança de um sonho

... o silêncio doloroso das palavras vividas


o mar inquieto que que murmura ao céu

a luz do meio dia que canta a esperança

o grito amargo da aridez do deserto

o silencio doloroso das palavras vividas


o brilho da tarde que queima os sentidos

o mar inquieto que murmura ao céu

a luta dos homens bramando coragem

a lágrima secando no rosto da terra


o brilho da tarde que queima os sentidos

a lágrima secando no rosto da terra..



São Gonçalves.
Foto: Na passagem dos dias,a mesma cor invade o pensamento

Intensamente purpura,intensamente viva.

No cinzento da horas vazias,ajustam se matizes ao tempo

cortando a severidade real.


E a emoção intensifica-se nas cordilheiras da alma.

São Gonçalves.
Na passagem dos dias,a mesma cor invade o pensamento

Intensamente purpura,intensamente viva.

No cinzento da horas vazias,ajustam se matizes ao tempo

cortando a severidade real.


... E a emoção intensifica-se nas cordilheiras da alma.

São Gonçalves.

Nem sempre as palavras nos aconchegam
nem sempre os gestos nos acarinham.

Ajustam-se os silêncios em esperais sem sentido,e a alma peregrina esconde-se num recanto qualquer,onde ninguém poderá tocar.
Os braços ensaiam um ultimo toque à volta do corpo,o olhar vago,esconde-se do mundo.

O mundo que também se ausentou de repente,ou fora ela que assim o desejou.

Numa almágama de contrariedades interiores,ajeita o rosto num derradeiro aconchego,um abraço imenso que poderia abar...car o mundo.
Porque o mundo todo ainda habitava no seu peito,apenas o olhar se tinha ausentado de si.

Percorria as alamedas interiores procurando-o,procurando-se.

E nesse longo gesto de aconchego,espera o dia de amanhã,onde sabia o sol haveria de brilhar,onde os braços soltariam o gesto protetor

e abraçariam um novo dia.


São Gonçalves.

A vida é este equilibrio constante entre as luzes e as sombras ,entre o perigo e a coragem...

São Gonçalves.


Foto-Isidoro Gasperdel


 "Viver não é necessário; o que é necessário é criar."

Fernando Pessoa.


Viver...acordar a cada manhã na certeza do dia

... no instante que grita andar ...correr...vencer

Viver o dia e construir a vaga esperança que desenha a horizonte.


Dos pequenos nada criam-se castelos de novas promessas

e o mundo tem outro sabor quando a terra gera

as sementes da criação silenciosa.


Criar um dia melhor....criar um sentir maior.


São Gonçalves.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Foto: Bom dia amigos.

Entre a fragilidade das manhãs e a beleza das flores,deixo-vos um abraço perfumado,bem apertado ....

Um bom domingo.


Frágeis as manhãs de inverno

a ternura e a magia dos dias de domingo

o chá perfumada emanando vapores

de flores de esperança

adocicando a boca ,os gestos

e a vontade de esquecer 

as tormentas da ultima semana.


São Gonçalves

Frágeis as manhãs de inverno

a ternura e a magia dos dias de domingo

o chá perfumada emanando vapores

de flores de esperança

adocicando a boca ,os gestos

e a vontade de esquecer

as tormentas da ultima semana.


São Gonçalves
Foto: Foto-Elton Fernandes.

Há dias que nos consomem as energias,a serenidade,há dias que nos roubam toda a vontade de ser,de estar,de falar,de escutar.

Então surge esta vontade imensa de silêncio,de olhares subtis ,de coragens arrancadas às masmorras do nosso inconsciente.
Há dias em que todas as palavras não nos dizem nada,não sentem,não gritam,não calam...

Há dias em que apenas nos encontramos no mais profundo silêncio.

São Gonçalves.

Foto-Elton Fernandes.

Há dias que nos consomem as energias,a serenidade,há dias que nos roubam toda a vontade de ser,de estar,de falar,de escutar.

Então surge esta vontade imensa de silêncio,de olhares subtis ,de coragens arrancadas às ma...smorras do nosso inconsciente.
Há dias em que todas as palavras não nos dizem nada,não sentem,não gritam,não calam...

Há dias em que apenas nos encontramos no mais profundo silêncio.

São Gonçalves.
Foto: Foto-Rosa Rosa Mouzinho Santos.


Esqueço o mundo ,a terra ,o mar

o som das ondas,a maresia

esqueço o tempo ,a nostalgia

as noites frias,as noites de luar


esqueço a vontade ,e a bravura

e volto ao centro do meu mar.

São Gonçalves.

Esqueço o mundo ,a terra ,o mar

o som das ondas,a maresia
...
esqueço o tempo ,a nostalgia

as noites frias,as noites de luar


esqueço a vontade ,e a bravura

e volto ao centro do meu mar.

São Gonçalves.
Foto: Do tempo que passa há um rio calmo a teus pés

na vertigem do olhar ,as serras ,as colinas verdejantes

a esperança renascida a cada madrugada

a utopia crescente ,presente na passagem dos dias


e o azul do céu,sempre azul como as águas 

do rio que te abraça e embala na passagem dos dias

na passagem das horas...

São Gonçalves
Do tempo que passa há um rio calmo a teus pés

na vertigem do olhar ,as serras ,as colinas verdejantes

a esperança renascida a cada madrugada

... a utopia crescente ,presente na passagem dos dias


e o azul do céu,sempre azul como as águas

do rio que te abraça e embala na passagem dos dias

na passagem das horas...

São Gonçalves
Foto: Dizem-me que chegavas sempre aos domingos

quando a a neve branca vestia as árvores

 eu esperava-te sempre  sentada no sofá

rodeada do meu mundo acolhedor.


Dizem-me que chegarás um dia qualquer

quando o coração ainda bater

e eu espero-te na primavera do amanhecer

.

aqui sentada olhando a árvore vestida de paz.

São Gonçalves

Dizem-me que chegavas sempre aos domingos

quando a a neve branca vestia as árvores

eu esperava-te sempre sentada no sofá

... rodeada do meu mundo acolhedor.


Dizem-me que chegarás um dia qualquer

quando o coração ainda bater

e eu espero-te na primavera do amanhecer

.

aqui sentada olhando a árvore vestida de paz.

São Gonçalves
Foto: Guardo os sentimentos em bocais de ternura

na pequenez do espaço cristalino

Ali contemplo ,vivo e amo

o sentimento das coisas simples.

 

São Gonçalves

Guardo os sentimentos em bocais de ternura

na pequenez do espaço cristalino

Ali contemplo ,vivo e amo

... o sentimento das coisas simples.



São Gonçalves
Foto: (alencriativos-desafio)


De que serve a luz da lua em noites de tempestade

De que serve o vento soprando de mansinho

se uivam as vozes do mar em sintonia com as sombras dos navios.


No limiar do olhar ,da claridade da lua

rompem-se os mastros nas violentas marés

gritam as ondas,gemem as naus perdidas

e o tempo vagueia moribundo.

No olhar,ao longe,avista-se a coragem

novas terras.novos mundos.

No sonho o desejo de aventura,o futuro

a audácia vingadora de obscuras promessas.

Pintarei com palavras um novo mundo

e com os dedos  apagarei das linhas de um poema

a solidão dos velhos navegantes.


São Gonçalves.

De que serve a luz da lua em noites de tempestade

De que serve o vento soprando de mansinho

se uivam as vozes do mar em sintonia com as sombras dos navios.

...
No limiar do olhar ,da claridade da lua

rompem-se os mastros nas violentas marés

gritam as ondas,gemem as naus perdidas

e o tempo vagueia moribundo.

No olhar,ao longe,avista-se a coragem

novas terras.novos mundos.

No sonho o desejo de aventura,o futuro

a audácia vingadora de obscuras promessas.

Pintarei com palavras um novo mundo

e com os dedos apagarei das linhas de um poema

a solidão dos velhos navegantes.


São Gonçalves.
Foto: um dia a gente desperta,

e a realidade não é a mesma

a casa da infância

já não é a nossa casa

os caminhos que pisamos 

já não conhece os nossos passos

um dia a gente desperta

a estante já  não está no mesmo lugar

o retrato envelheceu

na poeira do tempo


o colo já não nos acolhe

a magia da inocência adormeceu

São Gonçalves
um dia a gente desperta,

e a realidade não é a mesma

a casa da infância

... já não é a nossa casa

os caminhos que pisamos

já não conhece os nossos passos

um dia a gente desperta

a estante já não está no mesmo lugar

o retrato envelheceu

na poeira do tempo


o colo já não nos acolhe

a magia da inocência adormeceu

São Gonçalves

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Foto: Pensava ver no avesso do espelho a sua alma nua.os contornos da luz e das sombras reflectidas num pequeno e efémero instante.

Pensava ser o reverso dos dias,a luz que nem sempre se avistava ,os contornos de um destino a desbravar.

Não poderia acreditar em tudo o que via,em tudo o que ouvia,corria pelas ruas à procura de si,como quem procura um filho perdido.Nas Madrugadas frias embrenhava-se no mundo das palavras,e eram sempre tão intensas ,como tinham sido as lembranças dos primeiro livros que tocara.

As palavras eram o espelho ,a luz silenciosa reflectida infinitamente nos dias que por ela passagem.A vida um espelho quebrado,que teimosamente teimava não contemplar.

Nas linhas do rosto,escrevia uma história continuada.

A noite e os dias sucediam-se,a procura desenfreada ,perpetuava-se nas horas infindáveis .....

Saberia algum dia de que cor eram os seus sonhos,saberia domar as feras que ocupavam o interior da sua mente....saberia ,mas por agora o tempo era apenas de procura.

E o espelho continuava ali,silencioso mostrando apenas uma parte de si.

Ainda não tinha encontrado o tempo certo para o olhar de frente,para se olhar de frente,a alma era uma luz que não se podia olhar de frente....haveria de encontrar o tempo certo,para não se ofuscar.

O tempo era assim passado nesta intensa procura,entre rostos mais ou menos luminosos,entre espelhos mais ou menos quebrados,entre os dias e as noites,entre a vida e a certeza do fim.


São Gonçalves


Pensava ver no avesso do espelho a sua alma nua.os contornos da luz e das sombras reflectidas num pequeno e efémero instante.

Pensava ser o reverso dos dias,a luz que nem sempre se avistava ,os contornos de um destino a desbravar.

Não pod...eria acreditar em tudo o que via,em tudo o que ouvia,corria pelas ruas à procura de si,como quem procura um filho perdido.Nas Madrugadas frias embrenhava-se no mundo das palavras,e eram sempre tão intensas ,como tinham sido as lembranças dos primeiro livros que tocara.

As palavras eram o espelho ,a luz silenciosa reflectida infinitamente nos dias que por ela passagem.A vida um espelho quebrado,que teimosamente teimava não contemplar.

Nas linhas do rosto,escrevia uma história continuada.

A noite e os dias sucediam-se,a procura desenfreada ,perpetuava-se nas horas infindáveis .....

Saberia algum dia de que cor eram os seus sonhos,saberia domar as feras que ocupavam o interior da sua mente....saberia ,mas por agora o tempo era apenas de procura.

E o espelho continuava ali,silencioso mostrando apenas uma parte de si.

Ainda não tinha encontrado o tempo certo para o olhar de frente,para se olhar de frente,a alma era uma luz que não se podia olhar de frente....haveria de encontrar o tempo certo,para não se ofuscar.

O tempo era assim passado nesta intensa procura,entre rostos mais ou menos luminosos,entre espelhos mais ou menos quebrados,entre os dias e as noites,entre a vida e a certeza do fim.


São Gonçalves



Foto: Foto-Dascha Friedlova

Não estranho o encanto que tenho pela vida

o que estranho é o desencanto no olhar a vida


São Gonçalves


Não estranho o encanto que tenho pela vida

o que estranho é o desencanto no olhar a vida


São Gonçalves


Foto: Há uma flor de esperança a desabrochar

 nos caminhos de  cimento batido 


Há uma lágrima de sangue a escorrer do peito

Há um dia cinzento gritando nostalgia

Há o tédio que se instala,

a voragem do vento crescente que abala

O corpo cansado,o grito mudo

e a coragem inscrita nas linhas brancas do caminho

Há o silencio consentido,o porto de abrigo

um malmequer a espreita, sol no peito

Há a vida a correr buscando o sentido!


São Gonçalves.
Há uma flor de esperança a desabrochar

nos caminhos de cimento batido


Há uma lágrima de sangue a escorrer do peito
...
Há um dia cinzento gritando nostalgia

Há o tédio que se instala,

a voragem do vento crescente que abala

O corpo cansado,o grito mudo

e a coragem inscrita nas linhas brancas do caminho

Há o silencio consentido,o porto de abrigo

um malmequer a espreita, sol no peito

Há a vida a correr buscando o sentido!


São Gonçalves.
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Foto: No vazio do tempo,o corpo vazio

de tudo,de nada,de vida

de gestos conciliadores do tempo

a amargura no rosto cansado

e o tempo vazio de luz

vazio de esperança.



Apenas nas mãos

a plenitude suprema da vida

um odor vivo de sentimento

uma cor rubra 

de restias d'amor.



São Gonçalves.
No vazio do tempo,o corpo vazio

de tudo,de nada,de vida

de gestos conciliadores do tempo

... a amargura no rosto cansado

e o tempo vazio de luz

vazio de esperança.



Apenas nas mãos

a plenitude suprema da vida

um odor vivo de sentimento

uma cor rubra

de restias d'amor.



São Gonçalves.


Foto-Edouard Boubat

Trazia no olhar um mundo inteiro a desbravar

as palavras ,o poema o voo rasante da ave migratória

... O corpo franzino,desconhecia tudo do mundo

haveria de partir um dia nas asas de um sonho,maior.

Grande era a janela por onde espreitava agora

Os livros enormes na estante,encadernados a preto

escondiam vidas inteiras,sonhos,descobertas

Ás vezes tinha vontade de entrar

entrar nos livros e partir,esquecer o mundo cinzento

o leito frio de inverno,a sopa a esfriar no prato

e partir nas linhas escritas de um livro

viajar pelo mundos encantados...


Agora naquela pequena rua,olhava a janela enorme

e perdia-se nas folhas espalhada no parapeito.

E esse pequeno instante bastava

para se sentir a menina mais feliz do mundo

e ser ela propria o mundo.

São Gonçalves.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013




Entre o equilíbrio e o desiquilibrio encontro-me

encontro-me só,corpo liberto, depois do cansaço

na brisa fresca de um mar amado

... na ternura de um corpo esquecido.

Ali no meio de tudo,no meio de nada

sinto-te partir nesse teu silêncio

avassalador,fatigado dos dias

das horas em que já não sabes

abraçar-me.

Apenas eu ainda ouço os teus murmúrios

cansados,e eu cansada também.

São imensos estes mares azuis

São de brisas salgadas os beijos meus

E eu corro sempre para ele,o mar

refugio-me no seu colo

porque já sou órfã do teu.


Neste pequeno espaço ,neste mar imenso

repouso o corpo cansado de te embalar



Não ,não cederei á tentação da noite

nem desistirei de acreditar nas madrugadas

acolhedoras,berço que se fez colo

Resistirei ao tempo agreste

as imensas quebras de ilusão

e haverei sempre de alimentar a esperança

nas tardes calmas ,descansando num mar

azul...imenso azul

a luz do meu mais doce equilíbrio


São Gonçalves.





Porque teimas em visitar-me nas noites insones

se a magia do amor já se desvaneceu

soltaram-se as mascaras,demasiado tempo postas

... em rostos onde a beleza habitava

e os corpos jovens vibravam

na embriagues da vida e no perfume da flor do tempo.



Porque teimas em beijar meus lábios

açucarados pelo doce do vinho

ébrios de desejo.



Já me esqueci do tempo em que não eras

apenas uma sombra de pó

a visitar-me nas noites insones

e a melancolia é o gosto amargo

que guardo na boca.



São Gonçalves.
Foto: Do lado de dentro contemplo o mundo,maravilhados os olhos confundem-se no mar,nos prados,no céu

Contemplo as coisas grandes e as pequenas também.Acolha-as todas no meu regaço-olhar,protetor ,acolhedor da beleza universal.

As vezes não sei se o verde que trago no olhar são mesmo meus , ou o espelho invertido do mundo que quero contemplar-amar

Não quero ver o negro,a sombra,o desespero dos homens

A vida encarrega-se de mostrar ao mundo a fealdade e a tristeza carregada de razão.

Escondo no peito os temores,os desamores,a raiva crua das gentes em desalento.

E vou por ai,pelo mundo das coisas belas.Amo as flores,os passaros,os rios,as gentes que passeiam nas suas margens...amo a beleza do mundo...projetada no espelho da alma...olhar.

O céu ainda brilha no fundo dos meus olhos,o céu azul confunde-se nos meus olhos verdes,acasalamento perfeito enfeitado com grinaldas de espuma ...branca.

Há giestas a crescer nos campos do meu corpo.

Talvez ainda florescem esperanças  na primavera...


São Gonçalves


Parabéns Rosa Mouzinho Santos.

Do lado de dentro contemplo o mundo,maravilhados os olhos confundem-se no mar,nos prados,no céu

Contemplo as coisas grandes e as pequenas também.Acolha-as todas no meu regaço-olhar,protetor ,acolhedor da beleza universal.

As vezes não sei... se o verde que trago no olhar são mesmo meus , ou o espelho invertido do mundo que quero contemplar-amar

Não quero ver o negro,a sombra,o desespero dos homens

A vida encarrega-se de mostrar ao mundo a fealdade e a tristeza carregada de razão.

Escondo no peito os temores,os desamores,a raiva crua das gentes em desalento.

E vou por ai,pelo mundo das coisas belas.Amo as flores,os passaros,os rios,as gentes que passeiam nas suas margens...amo a beleza do mundo...projetada no espelho da alma...olhar.

O céu ainda brilha no fundo dos meus olhos,o céu azul confunde-se nos meus olhos verdes,acasalamento perfeito enfeitado com grinaldas de espuma ...branca.

Há giestas a crescer nos campos do meu corpo.

Talvez ainda florescem esperanças na primavera...


São Gonçalves


Foto: A meio do caminho.


A meio do caminho,caminho,passos lentos,as vezes mais seguros,quase certos com o compasso dos gestos,do querer.outras,insegura,sem saber muito bem a terra onde piso.

A meio do caminho ,já vimos passar tantas estações ,já sentimos no corpo a chicotada de tantas tempestades.

Vimos morrer e renascer a esperança na nossa mente exausta,sem saber muito bem se temos força para continuar.

Continuar,o verbo que nos faz andar em frente,porque a cada caída,a cada pedra  atravessada na estrada temos que ultrapassar.

A meio do caminho conhecemos de cor as veredas da sombra e da luz,no nosso rosto marcam-se os anos,as vivências,os gestos,as presenças e as ausências dos que mais amamos.

O nosso coração já não grita de dor ou de desencanto como na primavera da vida,assim como também já não se ilude nas paixões impossíveis.

Vive num tempo mais calmo e sereno.

Aceita os outros e o mundo com mais sabedoria e caminha com passos lentos.

A meio do caminho,aprende-se a ver a luz nas pequenas coisas da vida.



A meio do caminho,estão todos vós que me enchem os dias de alegria.


OBRIGADA.


São Gonçalves.

A meio do caminho.


A meio do caminho,caminho,passos lentos,as vezes mais seguros,quase certos com o compasso dos gestos,do querer.outras,insegura,sem saber muito bem a terra onde piso.

A meio do caminho ,já vimos passar tantas estações ,...já sentimos no corpo a chicotada de tantas tempestades.

Vimos morrer e renascer a esperança na nossa mente exausta,sem saber muito bem se temos força para continuar.

Continuar,o verbo que nos faz andar em frente,porque a cada caída,a cada pedra atravessada na estrada temos que ultrapassar.

A meio do caminho conhecemos de cor as veredas da sombra e da luz,no nosso rosto marcam-se os anos,as vivências,os gestos,as presenças e as ausências dos que mais amamos.

O nosso coração já não grita de dor ou de desencanto como na primavera da vida,assim como também já não se ilude nas paixões impossíveis.

Vive num tempo mais calmo e sereno.

Aceita os outros e o mundo com mais sabedoria e caminha com passos lentos.

A meio do caminho,aprende-se a ver a luz nas pequenas coisas da vida.



A meio do caminho,estão todos vós que me enchem os dias de alegria.


OBRIGADA.


São Gonçalves.
Foto: "Quando o orvalho se desvanecer, surgirá a flor que vos ofereço..."

 Rita Pais


De claras manhãs me visto
 
de véus de orvalho renasço

aconchego ao peito a luz

tímida

 ternura dos raios de sol
 
caricias suaves

nas mãos delicadas

acolho uma flor

que me ofereces
 
ao meu olhar 

no silêncio de um gesto

imenso

o mundo lunar.


São Gonçalves.


"Quando o orvalho se desvanecer, surgirá a flor que vos ofereço..."

Rita Pais


De claras manhãs me visto
...
de véus de orvalho renasço

aconchego ao peito a luz

tímida

ternura dos raios de sol

caricias suaves

nas mãos delicadas

acolho uma flor

que me ofereces

ao meu olhar

no silêncio de um gesto

imenso

o mundo lunar.


São Gonçalves.