O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 19 de fevereiro de 2012

As vozes do mar.
 
Quando as palavras emudecem na pontas dos dedos
infinitamente caprichosas,adiando a luz clara que brilha
nos recantos da alma ,adiando o encanto de novas promessas,
novas descobertas através dos caminhos invisíveis
que me levam ao desnudamento do Ser ,ao encanto supremo
da paz e da serenidade alcançadas nos limites da entrega.
Nesse lugar onde palavra se faz momento magico e imperturbavel
nos recantos do tempo presente.
Contemplo o mar,,deixo-me abraçar pelo silêncio das vagas distantes
e nelas percorro lugares,cidades, espaços invisíveis
marcados na memória.
Devagar as vozes trazidas pelas ondas,ora calmas,ora furiosas
me lembram desse caminho percorrido arduamente
onde todas as palavras vagueiam na procura dos meus dedos inquietos.
Não será preciso apenas um momento de reflexão,
um momento de rara inspiração.
Será preciso cruzar oceanos e mares,acolher no ventre as tempestades
e olhar o céu carregado a poente ,cruzar olhares,
fechar os olhos e sentir a maresia,mesmo dentro deste meu quarto
tão distante desse mar que me embalou a infançia.
Sentir o olhar brilhar com as cores deste céu,
ouvir as vozes das ondas quando na sua linguagem mítica
contam historias de encantar quando batem nas rochas.
E neste olhar o mar,o sol,luz brilhante a iluminar as águas,deste mar de palavras
sinto- as renascerem imperiosas ,sujeitas a oscilações no tempo
murmurando significados novos,soletrados na boca do mar,
na eterna coragem de se fazerem (a)mar.
São Gonçalves.

1 comentário:

  1. Sã0,

    momentos que nos entram quando percorremos a senda das palavras,do amar do mar.

    bj

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