Tela Edite Melo.
Do chão o eterno recomeço do dias
as sementeiras germinam a esperança
perdida na estação fria
O grito das novas canções
estendidas num estendal de luz
a seiva redentora das searas em flor
Da luz do sol e do calor das tardes estivais
o canto de um pássaro nos beirais
o beijo da papoila ao raiar da aurora
A maciez da cor na minha pele
nas ondas dos trigais dourando
na pele da terra.
Dançam as sementeiras um bailado colorido
iluminando as mãos calejadas do homem
E da sensualidade da luz
a magia da ilusão da claridade
re-inventada.
São Gonçalves
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