O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 13 de março de 2013

Deserto a cor de uma viagem.


Poderia percorrer mundos existentes em caminhos tatuados no meu rosto
...
e reconstruir cidades eternas nas ruas palmilhadas nas ruas da minha pele nua

e pintar as imensas ternuras com que um dia me vesti.

Poderia desenhar os contornos de uma viagem,única,inesquecivel

nas esquinas dos medos ,e a feroz vontade de vencer,

a coragem de me unificar ao eterno destino com que perseguia

as quimeras ausentes e avassaladoras dos sonhos.

E eram de mundo e de sonhos,de trevas e de luzes as vâs lembranças

os duros acoites do vento,as pedras escuras frias ,os cipestres que

teimosamente resistiam ao vento agreste e constante passagem do tempo.

E era de mundos silentes e frios,fragmentos austeros das lembranças compartilhadas

na alma e na carne.

E de tudo isto ainda tivesse essa imensa nostalgia das manhãs

e desenhasse nos pequenos abismos a cor de um deserto

percorrido na solidão das madrugadas.


São Gonçalves.

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