Do chão de terra queimada, brotam as rosas e os espinhos. Passa o tempo paulatinamente, nos dedos a canseira dos dias, a peregrinação inequívoca de uma vida a colorir paisagens. Palavras, silêncios, gestos pintados à superfície da tela. As presenças e as ausências a percorrer a senda diagonal da cor. Podia ser uma bandeira, podia ser a matriz da beleza da terra numa tarde de verão. O aroma da rosa a perfumar sentimentos, aves a juntarem ao abraço protector da cor. Poderia ser a sombra e a luz !
É apenas o símbolo da passagem das estações numa terra de ninguém.
São Gonçalves
Tela -Tiago Paço.
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