Dos estilhaços dos dias sobrevivia na luz opaca de um sol de janeiro!
Escondia por vezes o rosto e os sentimentos. Bebia sem avidez a luz coada, por detrás dos vidros, a melancolia era o seu modo de ser e de estar!
Silenciosos os gestos, gastos de tanto querer!
Amara!
Sempre amara a vida, os homens! Nunca viveu de outro modo!
Teceu à luz do candeeiro os fios do tempo e da vida, correu cidades, países.
Viveu dentro dos livros que amava, o destino que lhe roubaram!
Era por vezes o espelho de Perséfone, de Io, Sisifo a carregar o peso dos dias!
Era a metade escondida da realidade invisível!
O espelho da alma que não se deixa vislumbrar!
Era a matéria visível de uma luz que só ela sabia existir!
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