O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

sábado, 17 de julho de 2021


 Como se aceita o sonho, a vertigem calada do assombro, o terror da fragilidade?

O surrealismo do presente, a sombra do passado ?

De repente, a devastação da alma!
De repente, todo o sonho, toda a ilusão da impermanencia!
De repente a confiança absoluta no poder do abismo!

A fragmentação dos dias, o pensamento num complexo emaranhado de emoções, de anseios.

De repente, a morte, o olhar vazio e distante, a dor e a ausência.
Incrédulos, assistismos à morte dos sentimentos, à metamorfose do corpo.
Ao naufrágio das ilusões

São longos os caminhos da aceitação!
Então, acordamos um dia na mesma cama fria, na mesma casa vazia.
Saberemos, enfim, que tudo não foi apenas imaginação.

São Gonçalves 

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