O silencioso canto das aves migratórias
sábado, 17 de julho de 2021
Na força da idade a grandeza do silêncio abraçando o crepúsculo.
Guardas no coração incontáveis segredos.
As palavras abafadas nas gotas da chuva que deslizam no teu rosto.
Anseias, na fragilidade do teu corpo, por madrugadas luminosas, mesmo quando do céu se anuncia a imensurável dor do mundo.
Contemplas a paisagem ao teu redor, sentes no teu coração e no coração dos homens o desencanto nascente, alquimia devoradora das horas, as tuas mãos prestes a cair, cansadas, o desencanto cinzento do abismo.
Sonhaste com um lugar de abrigo, uma nascente de esperança, mas o mundo só te ofereceu um espaço de dor. Perguntas pelas palavras! Mas são de silêncio as vozes. Escutas, por vezes, a mensagem, a vibração do vento agreste soprando do norte. Da sua voz um monólogo surdo, inquietante. ..devastador.
Amanhã acordaras do sonho ou do pesadelo, pensas! Sentirás o peso das palavras, talvez seja o mesmo que do silêncio. Mesmo assim, o nome das coisas simples permanecerá no interior do teu corpo amadurecido pelas tempestades.
Ensaiaras uma nova dança!
O recomeço de quem não perde a esperança!
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