O silencioso canto das aves migratórias
sábado, 17 de julho de 2021
Silencio as palavras e os gestos e aprendo a descodificar as imagens do universo, os sons do que é inaudível.Aprendo a linguagem das profundezas da alma. Este caminhar solitário para dentro sem os códigos que ligam os homens ao mundo. Apenas eu naquilo que me define num todo, nas sombras do que tento todos os dias desvendar.
Na sublime beleza de uma crisálida em metamorfose.
Fecho as portas ao desnecessário. Dispo -me dos fardos do tempo, dessa camada de mágoa que rasga por vezes a pele.
Inspiro golfadas de luz, re - invento as horas gastas na placidez dos dias
Gastei todos os sons , todas as palavras a tentar explicar o inexplicável. A descodificar o constante vibrar de mãos que se agitam.
Alberguei no meu coração sentimentos inúteis, apegos sem valor nem sentido.
Olho agora para dentro e vejo o infinito nos meus olhos cansados.
É para dentro que o caminho é mais denso. É no silêncio que o sentimento é ainda mais profundo!
São Gonçalves.
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