O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

terça-feira, 10 de maio de 2011

O outro lado de ti.

O outro lado de ti


Nos planaltos do teu corpo plantas a esperança na primavera num desejo de renovação continua. Trajas a cor verde dos prados para esconder as marcas que o tempo vai deixando.
De ti jorram lágrimas, sinais das memória dos que partiram e no teu corpo marcaram a saudade. Ergues ao o céu o olhar na esperança de os alcançar,
no céu uma pequena estrela nunca deixa de te velar.
A teus pés corre um rio de águas mansas. Não vês que são os teus sonhos mais íntimos de criança?
Eles estão lá quietos, parados na ânsia que os desvendes
e largues as amarras de um barco esquecido junto ao cais na margem do pensamento ancorados.


E eu olho-te deste lado da margem.
Serena e altiva
silenciosa e terna.



Construo pontes imaginárias, com as raízes que me sustem.
Olho-te ,contemplo-te ,
sem palavras,apenas sinto a força das corrente s que jorram do teu pensamento
e as pedras que te impedem de caminhar,já não são pedras
São companheiras na solidão das noites desse teu longo vaguear
Na viagem imaginária alcanço os teu sonhos,
embelezo o teu olhar e ofereço-te a miragem do outro lado de ti.

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