O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Foto-摄谜谜


Serenas as águas quando o rio acorda no silêncio magico, na nostalgia que abarca o navegador solitário.
Brandas as brumas quando ensaiam um novo amanhecer.
E após o ensaio o pano ténue abre...os horizontes ficam perto da distância que cada olhar consegue alargar...os remos guiam as mãos calejadas de amor...solitário bravio que navega no fio de rubro sentir!
A serenidade navega por entre as árvores, a solidão do tempo agreste haverá
de se dissipar um dia nas enc...
ostas dos montes.
Viemos de um tempo onde as madrugadas eram frias e cinzentas, os corpos escondidos na bruma clamavam o sol, e ele sempre altruísta haveria de nos aquecer os corpos e iluminar as manhãs, todas as manhãs do viver.
Nesse tempo foram esboçadas múltiplas escaladas...ingremes...os olhares perderam-se sem nunca desfocarem as origens nem os objectivos ...correm as águas...correu o tempo...nada mais é igual nem mesmo as margens.
O que resta é o amanhã tão incerto...o passado escrito ficou no vento de cada memória...hoje, hoje é o sentir intenso que não tem tempo nem silêncios quando do âmago se recolhe mais serenidade.
As árvores mudam as folhas...sacodem com o vento e do sol bebem alimento para o florir acontecer ...serenas as raízes que na terra se afincam com tranquilidade de uma eternidade ser o tempo que o tempo deixar ser...

São Gonçalves&Ana Coelho

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