Esperei a hora certa para soltar ao vento as palavras.
Sim ,porque as palavras também são caprichosas,nem sempre estão ali à nossa espera na pontas dos dedos.
... E os dedos estão muitas vezes ásperos do frio dos
Invernos,como os galhos daquela árvore nua
que teimosamente se mantém firme,apesar das tempestades.
Esperei a hora certa,para contemplar o céu azul,de um dia claro,o olhar erguido,sem pestanejar.
E podia ficar ali horas,na quietude do espaço esquecida do tempo que passa
A vida é esta sucessão de imagens,entre o verão e o inverno,entre o fim e o recomeço.
Entre as noites e os dias,a solidão e o aconchego,um ano que termina,um outro que recomeça.
E no fundo tudo fica igual a si mesmo,só o nosso olhar muda.
E se durante todo este tempo conseguíssemos esquecer do frio,dos dedos ásperos,e soubéssemos apenas olhar o céu,
acariciar o rosto com a brisa do vento,com as sedas de esperança.
Para tudo há uma hora certa,até para ilustrar uma imagem.....
São Gonçalves.
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